São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2000


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Acordo gera dinheiro e polêmica

da Reportagem Local

O contrato com a Nike foi apresentado pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, no final de 1996 como o marco de uma nova era na administração da entidade.
O contrato, por um lado, iria assegurar o futuro econômico da CBF, marcada, especialmente nos anos 80, por uma crônica falta de dinheiro. Por outro, significaria a entrada dela numa aura de modernidade, principalmente pela construção de uma nova sede na Barra da Tijuca -a atual, no centro, é um prédio velho, geminado dos dois lados, sem garagem e com uma área que corresponde a cerca de um terço da sede da Federação Paulista de Futebol.
Desde cedo, porém, o contrato provocou polêmica. Primeiro, tentou-se obrigar os jogadores da seleção a usar chuteiras da empresa, ignorando o direito deles de respeitar seus próprios contratos. Diante da resistência dos jogadores mais famosos, a determinação virou uma recomendação.
Em seguida, surgiram rumores de que a Nike tinha direito de interferir na escalação, dando preferência aos jogadores que usavam suas chuteiras. A curiosidade só terminou há cerca de um ano, quando a Folha revelou o contrato. Os compromissos assumidos pela CBF sobre amistosos organizados pela multinacional geraram críticas no Congresso.
Baseado no artigo da Lei Pelé que diz que o futebol é parte do patrimônio cultural do país, foi pedida a instalação da CPI, que vem sendo barrada há cerca de um ano.


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