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Acordo gera
dinheiro e
polêmica
da Reportagem Local
O contrato com a Nike foi
apresentado pelo presidente
da Confederação Brasileira
de Futebol, Ricardo Teixeira, no final de 1996 como o
marco de uma nova era na
administração da entidade.
O contrato, por um lado,
iria assegurar o futuro econômico da CBF, marcada,
especialmente nos anos 80,
por uma crônica falta de dinheiro. Por outro, significaria a entrada dela numa aura
de modernidade, principalmente pela construção de
uma nova sede na Barra da
Tijuca -a atual, no centro, é
um prédio velho, geminado
dos dois lados, sem garagem
e com uma área que corresponde a cerca de um terço
da sede da Federação Paulista de Futebol.
Desde cedo, porém, o contrato provocou polêmica.
Primeiro, tentou-se obrigar
os jogadores da seleção a
usar chuteiras da empresa,
ignorando o direito deles de
respeitar seus próprios contratos. Diante da resistência
dos jogadores mais famosos,
a determinação virou uma
recomendação.
Em seguida, surgiram rumores de que a Nike tinha
direito de interferir na escalação, dando preferência aos
jogadores que usavam suas
chuteiras. A curiosidade só
terminou há cerca de um
ano, quando a Folha revelou
o contrato. Os compromissos assumidos pela CBF sobre amistosos organizados
pela multinacional geraram
críticas no Congresso.
Baseado no artigo da Lei
Pelé que diz que o futebol é
parte do patrimônio cultural
do país, foi pedida a instalação da CPI, que vem sendo
barrada há cerca de um ano.
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