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GINÁSTICA
Atleta conquista a primeira das 3 medalhas do país em São Paulo, supera rival russa e prepara nova série de solo
Laís ganha prata e se torna a n� 1 da Copa
Eduardo Knapp/Folha Imagem
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Laís Souza (esq.) cumprimenta sua algoz, Oksana Chusovitina |
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
A paulista Laís Souza, 16, conquistou ontem pela manhã a primeira medalha do país em São
Paulo. De quebra, tornou-se a número um da ginástica artística na
Copa do Mundo 2005/2006.
Atleta nacional mais jovem na
Copa, Laís foi a terceira a se apresentar no salto. E, apesar de não
repetir a performance da fase de
classificação, quando liderou com
9,275, faturou a prata com 9,150.
Ela ditou a prova até a apresentação da uzbeque Oksana Chusovitina, 29, que compete para ajudar a pagar o tratamento do filho
-ele tem leucemia- e conquistou o ouro com nota 9,200.
Mesmo assim, Laís, que diz que
seu maior desafio é manter o peso, lidera o ranking do atual ciclo
da Copa com quatro medalhas
-só Tania Gener (ESP), que ontem ganhou duas, tem o mesmo
número de pódios, mas é a 14� colocada por não ter nenhum ouro.
"Acho que foi uma grande conquista, já que tem tantas meninas
que já foram à Olimpíada na disputa. A medalha, mesmo sendo
de prata, tem as cores do país",
afirma Laís, que começou na ginástica aos quatro anos e até então só havia subido ao pódio em
etapas na Alemanha, onde obteve
um ouro, uma prata e um bronze.
Ela deixou para trás a russa Anna Pavlova, que não veio a São
Paulo e liderava a Copa até então.
E por pouco não subiu ao pódio
ao lado de Daiane dos Santos, que
ficou em quarto lugar. "Essa liderança é fruto do treino e do esforço. Ainda sou jovem e espero
muito mais", diz a atleta paulista.
Apesar de ser considerada pelo
técnico Oleg Ostapenko a maior
promessa para Pequim-08, Laís
diz que ainda não se vê no nível de
Daiane e Daniele Hypólito. "Espero estar entre elas, mas será difícil igualar os feitos e se manter
no alto nível por tanto tempo."
O torneio ainda marcou o encontro com sua família, que vive
em Ribeirão Preto e não a via desde janeiro, quando a atleta iniciou
os treinos deste ano em Curitiba.
"Até que enfim pude dar em
abraço nela. Sempre soube que
um dia iria vê-la brilhar", disse a
mãe, Odete Vieira da Silva Souza.
Laís viu ontem ainda Camila
Comin conquistar sua terceira
medalha em Copas, ao levar o
bronze nas paralelas assimétricas
-no ano passado, na etapa do
Rio, ela havia conquistado prata
na trave e bronze no solo.
"Cometi uns errinhos de execução. Mas foi uma disputa bem difícil e estou satisfeita", disse Camila, que ocupa a 21� posição na Copa 2005/2006, que faz no ginásio
do Ibirapuera sua quarta etapa.
Hoje, nas finais que começam a
partir das 9h30, Laís e Camila voltam a atuar. Camila disputa a trave, ao lado de Ana Paula Rodrigues, e Laís, o solo, com Daiane.
Será a última apresentação de
Laís com a atual série de solo. Fã
de Destiny's Child e do rapper 50
Cent, ela irá estrear outra coreografia, ao som de frevo, em maio,
no Brasileiro. "Gosto de Carnaval,
mas não sei dançar frevo."
Apesar dos dois pódios e do
bronze que Mosiah Rodrigues obteve no cavalo com alças, o Brasil
precisa hoje de cinco medalhas
-tem chance de obter sete em
quatro finais- para igualar sua
atuação na Copa do Rio, em 2004.
Além de voltar a registrar muitos erros, o evento destacou ontem os chineses, que venceram
três provas (cavalo com alças, argolas e paralelas assimétricas).
NA TV - Copa do Mundo, Sportv, ao vivo, às 9h30
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