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CBV oficializa seus agentes e cerca atletas
DA REPORTAGEM LOCAL
A Confederação Brasileira de
Vôlei encontrou uma forma de
manter as transações de jogadores sob suas asas.
A entidade criou a figura do
Agente CBV. O status será dado
aos principais negociadores em
atividade hoje no país, que participaram da elaboração do regulamento, e aos que se dispuserem a
fazer uma prova e pagar R$ 5.000
pela licença de dois anos, renovável por mais R$ 2.000.
A idéia partiu dos maiores
agentes brasileiros e da CBV. A
entidade irá distribuir a cada temporada uma lista com seus cadastrados e indicá-los às federações,
clubes e ligas. Os agentes terão à
disposição um fundo de R$ 50 mil
para sanarem eventuais problemas com atletas no exterior. Segundo a CBV, o valor sairá das taxas pagas pelos agentes. Os empresários também terão garantias
e deveres, além de serem os únicos reconhecidos oficialmente.
Os empresários e a confederação afirmam que não haverá boicote a quem não se cadastrar.
Os jogadores, no entanto, não
devem ficar tão "livres".
Quando questionado sobre como seria feito o "socorro" de um
atleta que foi para o exterior sem
intermediação do Agente CBV, o
gerente da Unidade de Competições Nacionais, Renato D'Ávila,
titubeou e não foi conclusivo.
"Vamos analisar caso a caso.
Nem que ele tenha de eleger um
dos agentes para representá-lo de
emergência... A idéia é que cada
vez esses casos diminuam mais,
que os atletas escolham um Agente CBV", afirmou ele.
Empresários ouvidos pela Folha disseram que a motivação para a criação da lista foi a "bagunça" de não-empresários que largavam atletas no exterior com dívidas e sem dinheiro para voltar
ao país. A CBV fazia o "resgate".
Muitos jogadores entregam
seus contratos a parentes ou pessoas de confiança, que não têm só
esse tipo de negociação como
meio de vida. Um exemplo é o levantador Maurício, que deixa sua
carreira a cargo do irmão Marcos.
Outros, não tão badalados, buscam essas pessoas para evitar a
"mordida" da comissão dos empresários em seus ganhos.
(ML)
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