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VÔLEI
Time inicia as finais da Superliga contra o Minas por título inédito com grupo em que só um atleta já levantou o troféu
Banespa joga para "perder a virgindade"
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
A estante está cheia. Nalbert é o
único jogador do mundo a conquistar todos os títulos mundiais,
da base ao adulto. É campeão
olímpico, da Liga, pan-americano
e de uma série infindável de torneios com a seleção e em clubes.
Mas um vazio ainda incomoda.
Nalbert é o principal exemplo
do estigma que o Banespa tenta
quebrar a partir de hoje. O tradicional clube paulista nunca ergueu o troféu da Superliga. Para
isso, conta com um elenco tão virgem quanto ele: apenas um atleta
que já subiu ao topo do pódio.
"Nosso time foi muito regular a
temporada inteira. Confesso que
quando cheguei aqui fiquei meio
em dúvida sobre o quanto poderíamos render", afirmou Nalbert.
"Nos mata-matas, mostramos
que também ganhamos maturidade, apesar de sermos um time
jovem. Temos de manter isso agora que é para valer", completou.
A preocupação com a inexperiência em decisões seria maior se
do outro lado da quadra não estivesse o Minas. Assim como o rival
paulista, o time de Belo Horizonte
apostou nesta temporada em atletas novatos. Mas, mesmo assim,
conta com jogadores campeões
nacionais como o ponta Roberto
Minuzzi e o líbero Serginho, que
já estiveram com a seleção.
A equipe surpreendeu os favoritos e terminou a fase classificatória na primeira colocação. Logo
atrás figurou o Banespa.
"Seguimos pelo mesmo caminho, mas espero que agora eles
parem e sigam sem título", diz o
levantador Marlon, vice-campeão
em 1999/2000 e 2002/2003 com a
Unisul. Na primeira vez, ele perdeu exatamente do Minas, que
também conquistou as temporadas 2000/2001 e 2001/2002.
As principais armas apresentadas pelos times durante este campeonato foram antagônicas.
Entre os mineiros, a força está
no arsenal de ataque. É o melhor
no fundamento, com 38,5% de
aproveitamento. O Banespa aparece em quarto, com 35,6%.
O time paulista, por sua vez, é o
que mais tem neutralizado as cortadas adversárias. Capitaneado
por Nalbert, o melhor no fundamento, o Banespa apresenta a
mais eficiente defesa da competição, com 13,1% de aproveitamento, índice bem superior ao do segundo colocado, o já eliminado
Bento Gonçalves, com 7,8%.
"É um time semelhante ao nosso por ser jovem e forte no conjunto. A única diferença é que eles
são comandados pelo melhor dos
veteranos, que é o Nalbert, parâmetro da equipe", avalia o técnico
do Minas, Marcos Miranda.
Se não conseguir quebrar o tabu
na série que começa hoje, às 15h,
em Belo Horizonte, a equipe de
Mauro Grasso ainda terá chances
para perder a "virgindade".
Mas Nalbert não. O ponta caminha para sua aposentadoria nas
quadras e início de carreira no vôlei de praia. Para ter mais tranqüilidade no adeus, diz que precisa
de três coisas: patrocínio forte,
bom parceiro e estante completa.
NA TV - Sportv e Cultura, ao vivo, às 15h
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