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FUTEBOL
Atletas vêem no festeiro Ronaldinho a união do time líder do Espanhol
Samba e churrasco movem "Brasilona" contra o Real
ANTONIO TORRES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Eles estão em casa. É o que se
pode dizer dos seis brasileiros do
Barcelona, que podem dar um
enorme passo rumo ao título espanhol se derrotarem o Real Madrid dos compatriotas Luxemburgo e Ronaldo, hoje, às 14h. E
um dos principais donos do pedaço é, sem dúvida, Ronaldinho.
Em apenas dois anos, o melhor
jogador do mundo em 2004
-que se recuperou de problemas
intestinais e está confirmado para
o jogo-, mudou a rotina triste de
um clube que vive há cinco anos
sem títulos. É ele quem guia a festa do time dentro e fora de campo.
Segundo pessoas ligadas ao Barcelona, Ronaldinho ajuda na integração de todos os jogadores, sejam eles brasileiros ou não. Até o
camaronês Samuel Eto'o foi beneficiado por seu espírito agregador.
Um dos principais amigos que
Ronaldinho fez no Barcelona é
Ramón Rosán, que hoje está emprestado ao Numancia, lanterna
do torneio. O espanhol não tem
dúvidas da atuação de Ronaldinho na união da equipe.
"Ele tem a música no corpo e
transmite boas vibrações ao grupo", afirma Rosán, que se lembra
dos esforços do gaúcho para confraternizar o time. "Fui num dos
churrascos que Ronaldinho organizou na casa dele. Foi uma festa
tipicamente brasileira".
Do lado brasileiro, nenhuma reclamação: "Na Espanha, eu me
sinto na minha casa", diz o lateral
Belletti, que conta que foi bem recebido por jogadores mais antigos do time, como Puyol e Xavi.
Além dele e de Ronaldinho, são
brasileiros Thiago Motta, Edmilson, Sylvinho e Deco, que se naturalizou português. Os três últimos
e Belletti chegaram ao "Brasilona"
no início da temporada.
Nada mal para um grupo que
chegou a ser malvisto por uma
das principais bandeiras do Barcelona, o holandês Johan Cruyff.
O ex-jogador e ex-técnico do clube reclamou da excessiva contratação de brasileiros pelo presidente Joan Laporta no meio de 2004.
O clube teve a preocupação de
impedir que o grupo fosse visto
como um gueto. Hoje, sabe-se
que o problema, se existiu, não tomou nenhum grande contorno.
No Barcelona, a integração é total.
Para o zagueiro Oleguer, "nem
os catalães se relacionam só com
catalães, nem os brasileiros se isolam no vestiário". "Depende mais
das afinidades, dos gostos e da
idade", afirma o jogador.
O meia Gerard, revelado no time, concorda. "Eu, por exemplo,
tenho mais relação com Motta do
que com o Sylvinho, que é casado." Para o volante Gabri, a geografia ajuda. "Os brasileiros não
têm problemas de integração porque Barcelona tem mar."
Um conforto que outros brasileiros não vivem na seca Madri.
Depois de ótimo começo, Vanderlei Luxemburgo já é discutido
no comando do Real Madrid pela
eliminação da Copa dos Campeões. No campo, Roberto Carlos
e Ronaldo vivem má fase.
NA TV - ESPN e Band, ao vivo,
a partir das 14h
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