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D�vida paga

Time que come�ou o ano como piada pela elimina��o na Libertadores fecha 2011 no topo, como pentacampe�o brasileiro

Corinthians 0
Palmeiras 0

Andre Penner/Associated Press
Corintiano comemora o quinto t�tulo brasileiro da hist�ria do clube
Corintiano comemora o quinto t�tulo brasileiro da hist�ria do clube

DANIEL BRITO
LEONARDO LOUREN�O
LUCAS REIS
MART�N FERNANDEZ
DE S�O PAULO

A d�vida com a torcida est� paga. O Corinthians � pentacampe�o brasileiro. O time que h� quatro anos chorava o rebaixamento � S�rie B, hoje chora o t�tulo da S�rie A.

A equipe que come�ou o ano como piada pela elimina��o na Libertadores, sob amea�a da pr�pria torcida, termina 2011 no topo.

O clube que acordou ontem para lamentar a perda de S�crates, um dos maiores �dolos de sua hist�ria, foi dormir orgulhoso, pelo t�tulo e pela homenagem ao Doutor.

O empate sem gols diante do maior rival garantiu o trof�u � equipe mais regular, a que mais venceu, a que mais tempo passou na lideran�a.

O Corinthians termina o Brasileiro com 71 pontos, contra 69 do Vasco. N�o houve advers�rio capaz de fazer seis pontos contra o Corinthians.

Foram 27 rodadas na lideran�a. A melhor defesa (36 gols sofridos), o melhor saldo de gols (17), junto com o Vasco, o vice-campe�o.

A torcida avisou antes do jogo: "Se o Corinthians n�o ganhar, o pau vai quebrar".

N�o foi preciso ganhar.

Gra�as � vantagem constru�da ao longo das 37 rodadas anteriores, o Corinthians apenas precisou empatar.

Cada um dos quase 40 mil presentes ao Pacaembu j� sabia que o Corinthians de Tite � o time do sufoco, o que conquistou 17 de suas 21 vit�rias neste Brasileiro pela diferen�a m�nima no placar.

Ontem, nem isso. Dominados pelo nervosismo, os atletas de branco n�o jogavam, s� corriam, s� lutavam.

Na beira do campo, Tite berrava, desesperado. Queria mais troca de passes. Era ignorado por seus jogadores.

O Palmeiras, movido apenas pela rivalidade -n�o tinha mais qualquer objetivo no Nacional-, esteve sempre mais perto de abrir o placar.

Chegou a acertar a trave no segundo tempo. J�lio C�sar teve muito mais trabalho do que Deola, do outro lado.

O Corinthians voltou melhor para o segundo tempo, e foi logo ajudado pela est�pida expuls�o de Valdivia, xingado em un�ssono por palmeirenses e corintianos.

Como ocorreu em quase todo o campeonato, o Corinthians contou com a colabora��o de rivais. No Rio, Flamengo e Vasco empatavam.

As substitui��es de Tite no jogo final dizem muito sobre como sua equipe jogou em 2011: o time terminou o duelo com dois zagueiros (outros dois foram expulsos), tr�s volantes, nenhum atacante em campo e Adriano no banco.

O Pacaembu s� explodiu quando o fim do jogo no Engenh�o foi anunciado pelo tel�o e pelo sistema de som. Ainda havia um escanteio para o Palmeiras, que muitos corintianos nem se esfor�aram para rebater -j� havia abra�os de comemora��o.

Faltou o gol para chamar de "gol do t�tulo". Quem penou o ano todo com o time e sofreu ontem com a perda de S�crates n�o quer saber desse tipo de formalidade.

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