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Esporte

Tost�o

O misterioso Paulo Baier

Tite e os jogadores est�o obcecados pela ideia de que a melhor maneira de vencer � n�o sofrer gols

Na coluna anterior, escrevi que a maioria dos times, de todo o mundo, hoje e em todas as �pocas, joga com meias ou atacantes pelos lados ou com aut�nticos pontas, embora muitos deles n�o tenham caracter�sticas para atuar dessa forma. Os treinadores seguem a moda. Esses "pontas" n�o devem tamb�m ficar est�ticos, limitados � lateral do campo, como era no passado.

Neymar sabe que ter� de decidir, no momento certo, quando entrar pelo meio, nas jogadas de velocidade e contra-ataque, o que ser� pouco frequente, j� que os times atuam muito atr�s contra o Barcelona, ou quando atuar aberto, como um ponta, para receber a bola livre e tentar driblar ou dar um passe decisivo.

Passo para o Brasileir�o. As partidas t�m sido jogadas com mais qualidade coletiva, com mais troca de passes. Melhores gramados contribuem para isso. J� o de Bras�lia, feito para a Copa, � uma vergonha, al�m de outros problemas, apontados por Paulo Autuori e pela imprensa. Mais grave ainda foi a viol�ncia em torno do est�dio, antes do jogo entre Flamengo e S�o Paulo.

Foi bom ver Mano Menezes reconhecer a substitui��o errada que fez, ao escalar, no segundo tempo, dois centroavantes. H� s�culos que n�o escuto isso de um treinador brasileiro. Hoje, no Mineir�o, pela Copa do Brasil, Cruzeiro e Flamengo fazem um �timo jogo. Apesar de alguns jogadores fracos, o Flamengo deve evoluir, pois � um time organizado.

O Corinthians continua com �timo sistema defensivo, pois todos marcam muito. J� o ataque � de uma enorme pobreza criativa. Tite e os jogadores est�o obcecados pela ideia, que j� deu certo, de que a melhor maneira de vencer � n�o sofrer gols e tentar fazer um, mesmo que seja por meio de um p�nalti absurdamente marcado a seu favor, como contra o Coritiba.

Segundo informa��es do PVC, que sabe tudo, Seedorf tem mostrado aos jogadores que eles atuam no Botafogo do presente, de bons jogadores, como Vitinho, D�ria, Jefferson e outros, e n�o no Botafogo do passado, de monstros, como Nilton Santos, Didi, Garrincha, Gerson, Jairzinho. Essa consci�ncia d� mais confian�a aos jogadores. Eles n�o precisam satisfazer o que est� no imagin�rio dos torcedores e da imprensa.

Ex-atletas, que trabalham em outras atividades, principalmente os que foram craques, geralmente n�o conseguem assumir integralmente e criar uma nova identidade profissional nem se libertar das gl�rias e dos fantasmas do passado. Continuam enamorados por suas imagens anteriores.

Esqueci em outra coluna de citar Paulo Baier entre os veteranos que brilham no Nacional. Corrijo o erro. Paulo Baier � um mist�rio. Lembro dele jovem, no Atl�tico-MG. Era um lateral med�ocre. Hoje, � um meia inventivo, com boa t�cnica, al�m de ser o maior artilheiro do Brasileir�o na era dos pontos corridos.


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