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Data de julgamento do ex-ditador Saddam Hussein continua incerta
DA REDAÇÃO
Mais de um ano após a prisão
do ex-ditador iraquiano Saddam
Hussein, a data de seu julgamento
permanece incerta. Segundo o
plano original dos americanos, o
julgamento do ex-ditador e de 11
de seus aliados mais próximos deveria ocorrer num prazo de seis
meses, mas a instabilidade política e a insegurança generalizada
no país têm dificultado a condução de Saddam ao banco dos réus.
Preso por tropas americanas em
13 de dezembro de 2003, sem oferecer a prometida "resistência até
a morte", Saddam foi -e ainda
é- mantido em local não revelado. Após a prisão, não ocorreu
-conforme esperava o serviço de
inteligência dos EUA- o arrefecimento da insurgência. Ao contrário, após a captura do ex-ditador as ações violentas aumentaram exponencialmente.
Segundo Malek Hassan, ministro da Justiça do governo interino
do Iraque, o atual quadro de insegurança e de incerteza política
não é o adequado para se levar
adiante um julgamento de monta
como o de Saddam, que é acusado, entre outras coisas, de conduzir uma campanha de limpeza étnica contra os curdos e executar
milhares de opositores políticos
durante seus 30 anos no poder.
Para Hassan, o fato de o julgamento ocorrer após as eleições,
podendo assim ser monitorado
diretamente pela autoridade legislativa eleita, conferirá real legitimidade ao processo.
No início deste mês Saddam pôde pela primeira vez manter contato com a equipe de 25 advogados responsável por sua defesa
perante o Tribunal Especial Iraquiano, estabelecido pelas forças
da coalizão em dezembro de 2003.
Em julho de 2004 Saddam compareceu perante o tribunal, onde
fez um depoimento curto, mas
desafiador, no qual questionou a
legitimidade do juiz, dizendo que
ele trabalha para "os invasores".
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