São Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2005

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IRAQUIANAS

Estoque
Residentes de Bagdá estocaram comida, água e gasolina antes das eleições, com medo de não poderem se abastecer por causa do toque de recolher e da violência. Longas filas se formaram em postos de gasolina. Umm Ahmed, 33, afirmou que deixou de tentar conseguir gasolina, usada também nos geradores. "Estou tentando fazer com que meus filhos se acostumem com o escuro."

Internet insurgente
Em Bagdá, homens armados jogam panfletos ameaçando matar quem for às urnas hoje. Mas na internet, com menos risco mas talvez mais eficiente, uma campanha contra o voto está em andamento. Os grupos insurgentes aceleraram sua propaganda, e declarações ameaçadoras são postadas online, apostando que a pressão psicológica nesse meio seja tão forte quanto o terror nas ruas.

Tumulto
Um posto eleitoral para iraquianos exilados em Sidney, na Austrália, foi fechado ontem por uma hora depois que um tumulto estourou do lado de fora e a descoberta de uma mochila abandonada levantou receios de um possível ataque a bomba. O tumulto começou quando um grupo de 20 manifestantes passou a tirar fotos dos eleitores, que se sentiram intimidados. A mochila continha apenas água e biscoitos.

Imprensa árabe cética
Reportagens e editoriais nos jornais árabes mostram um ceticismo disseminado no Oriente Médio sobre a eleição. Alguns veículos dizem que a votação será um "caminho de fogo" ou alertam sobre armadilhas políticas explodindo no rosto dos eleitores. "Hoje o Iraque é um enorme campo minado, e ninguém sabe quando haverá uma explosão", afirma um editorial do jornal saudita "Al Jazirah".

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