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3� LUGAR BRAILE BIOMÉDICA
Projeção carreira faz de empresa um alvo local
Mesmo sem benefícios de destaque,
indústria do interior fica na frente
André Porto/Folha Imagem
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A estudante de farmácia e bioquímica Letícia Faxini Brandão, que é estagiária na Braile há dois meses e não recebe bolsa-auxílio
ENVIADA ESPECIAL A SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Não é apenas a suposta melhor qualidade de vida do interior que faz a alegria dos estagiários da Braile Biomédica, localizada em São José do Rio
Preto (440 km de São Paulo).
Ou, ainda, a sede enfeitada com
flores ao redor das instalações.
O segredo da empresa é ter se
tornado referência na região
em que atua, sendo vista pelos
universitários como uma propulsora na vida profissional.
Diante disso, a indústria que
produz equipamentos para cirurgias cardiovasculares ocupa
o terceiro lugar no ranking dos
melhores locais para estagiar.
"O principal é que há muitos
farmacêuticos com quem posso
ganhar experiência", analisa a
estudante do primeiro ano de
farmácia e bioquímica Letícia
Faxini Brandão, 18, estagiária
na companhia há dois meses.
A universitária trabalha oito
horas diárias no laboratório de
teste e ensaio e diz não receber
benefício além de alimentação
-o que não a impede de estar
satisfeita com a oportunidade.
"Não posso dizer que é bom não
ser remunerada, mas vejo como um investimento", justifica.
De acordo com o gerente de
RH, Edson Michelon, o programa de estágio oferece uma bolsa-auxílio variável, além de refeitório, aulas de inglês, vale-transporte e vale-alimentação
no valor de uma cesta básica.
"Dependendo do desempenho,
o valor pode chegar a R$ 600."
Valor agregado
Mesmo sem oferecer bolsa-auxílio a todos os estudantes,
que hoje somam 20 alunos dos
ensinos médio, técnico e superior, a empresa, diz Michelon, é
vista como "uma referência entre as universidades da região".
Aproveitar a chance de trabalhar em uma companhia cujos
donos vêm da área acadêmica
-e, por isso, estimulam o estudo contínuo- foi o que atraiu o
estudante de administração
Renato da Silva Fidelis, 19.
"Estou muito feliz porque já
trabalho na área em que pretendo atuar profissionalmente.
Ensinam-me tudo e tratam-me
como um funcionário", conta.
Fidelis diz que não recebe
muitos benefícios, mas tem o
que mais busca: aprendizado.
"Quando eu entrar no mercado
de trabalho, não vão perguntar
quanto eu ganhava, mas quanto
eu sei e o que vou acrescentar
profissionalmente", conclui.
Para garantir a contratação
como efetivo na Braile, a dica
mais importante é somar conhecimentos para a empresa.
É o que aponta o físico-médico
Guilherme Agreli, 25, que após
seis meses de estágio na empresa foi contratado como especialista de desenvolvimento de
produtos endovasculares.
"Aqui pude sentir os benefícios complementares da formação e perceber que eles são
mais importantes do que a remuneração para quem está começando", afirma Agreli.
(MB)
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