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FORMAÇÃO
Treinamento dado pelo Senac inclui desde aulas de culinária até noções de informática
Já existe até curso para doméstica
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Empregada competente sabe
lavar, passar, arrumar e cozinhar
bem, certo? Errado. Já foi o tempo
em que essas eram as únicas exigências para ser considerado um
bom profissional doméstico.
Qualificação comprovada, familiaridade com o uso de modernos eletrodomésticos e até noções
de informática são alguns dos novos requisitos solicitados.
Por isso o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial)
abriu, em São Paulo, um curso de
capacitação em serviços domésticos, com três meses de duração.
"O mercado está muito mais
exigente. O profissional tem de
ser capaz e criativo", afirma Marly
Reis, 40, técnica de desenvolvimento profissional do Senac.
A primeira turma, com 50 alunos, começou a ter aulas na última terça-feira. O programa inclui
desde oficinas de culinária e aulas
teóricas sobre apresentação pessoal e relacionamento profissional até noções de computação.
"Cozinho bem e sei fazer tudo,
mas não adianta. As agências querem logo saber se você fez algum
curso", diz a aluna Sônia Vitorino, 45, doméstica desde os 14 anos
e desempregada há dois meses.
O curso atraiu, inclusive, homens. Certo de que a capacitação
vai melhorar sua vida, o ex-metalúrgico Cláudio Gouveia, 45, diz
estar ansioso para aprender.
"Com um certificado na mão, fica
mais fácil conseguir emprego."
Segundo Dejanira Pereira, 44,
presidente do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos de São
Paulo, a qualificação acaba se tornando um obstáculo na hora de
batalhar uma vaga. "Tanto que
passaremos a oferecer cursos de
especialização ainda neste ano."
Para os patrões, a cobrança de
capacitação é consequência direta
da profissionalização das atividades. "O empregador tem de cumprir encargos. Logo, vai cobrar
qualidade. Afinal, é duro pagar
para ensinar", afirma Margareth
Carbinato, 46, presidente do Sindicato dos Empregadores Domésticos do Estado de São Paulo.
"A saída é a capacitação", afirma a psicóloga e consultora de recursos humanos Luciana Gregori,
que atua em uma rede multinacional de agências de emprego.
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