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Assaltos ao Metrô dobram em 2005
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O número de assaltos ao Metrô
subiu 95% neste ano, pulando de
17 ao mês, em 2004, para 33.
A ameaça leva a equipe de funcionários a viver em estado de alerta.
Os momentos de terror vividos
pelo baiano Raimundo Cordeiro,
28, em um assalto, há dois meses,
não foram esquecidos. Ele trabalhava na bilheteria de uma estação
quando foi ameaçado por um assaltante armado com revólver.
"Ainda tenho a imagem na cabeça. Por onde ando, acho que o
assaltante está por perto me reconhecendo." Ele diz não ter recebido assistência médica satisfatória
do Metrô. "Meu sentimento é de
descaso e de humilhação", diz.
De acordo com o gerente de RH
do Metrô, Fábio Nascimento, a
empresa tem um programa de
atendimento a funcionários vítimas de situações violentas e planeja instalar vidros blindados nas
bilheterias. "Em 80% dos casos,
não é preciso afastamento. Para
os que precisam, a média é de dez
dias", diz Nascimento. Cordeiro
recebeu orientação do INSS para
manter-se afastado por 60 dias.
Na Plastrom Sensormatic, uma
das maiores companhias de segurança do país, cresce 20% ao ano a
procura de empresas por sistemas
de segurança que limitam o acesso dos funcionários aos departamentos da firma. "Como o empregado é muito vulnerável, é
preciso tirar dele o poder de circular em qualquer lugar", diz o gerente José Carlos Hollaender.
"O aumento no controle é proteção para os próprios funcionários. Um empregado seqüestrado
coloca em xeque toda a segurança
da empresa", ressalta Antonio Vicente, da Dimep (segurança).
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