São Paulo, domingo, 23 de outubro de 2005

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Assaltos ao Metrô dobram em 2005

DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O número de assaltos ao Metrô subiu 95% neste ano, pulando de 17 ao mês, em 2004, para 33. A ameaça leva a equipe de funcionários a viver em estado de alerta.
Os momentos de terror vividos pelo baiano Raimundo Cordeiro, 28, em um assalto, há dois meses, não foram esquecidos. Ele trabalhava na bilheteria de uma estação quando foi ameaçado por um assaltante armado com revólver.
"Ainda tenho a imagem na cabeça. Por onde ando, acho que o assaltante está por perto me reconhecendo." Ele diz não ter recebido assistência médica satisfatória do Metrô. "Meu sentimento é de descaso e de humilhação", diz.
De acordo com o gerente de RH do Metrô, Fábio Nascimento, a empresa tem um programa de atendimento a funcionários vítimas de situações violentas e planeja instalar vidros blindados nas bilheterias. "Em 80% dos casos, não é preciso afastamento. Para os que precisam, a média é de dez dias", diz Nascimento. Cordeiro recebeu orientação do INSS para manter-se afastado por 60 dias.
Na Plastrom Sensormatic, uma das maiores companhias de segurança do país, cresce 20% ao ano a procura de empresas por sistemas de segurança que limitam o acesso dos funcionários aos departamentos da firma. "Como o empregado é muito vulnerável, é preciso tirar dele o poder de circular em qualquer lugar", diz o gerente José Carlos Hollaender.
"O aumento no controle é proteção para os próprios funcionários. Um empregado seqüestrado coloca em xeque toda a segurança da empresa", ressalta Antonio Vicente, da Dimep (segurança).


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