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ACORDO AUTOMOTIVO
À espera de definição sobre renovação de prazo, empresas suspendem venda a concessionárias
Montadoras param de faturar carros
FÁBIA PRATES
em São Paulo
A indefinição sobre a renovação
do acordo emergencial do setor
automotivo fez com que as montadoras suspendessem o faturamento de carros médios e populares ontem.
A medida foi para evitar o repasse do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) maior. O
prazo do acordo emergencial, que
durou 90 dias, terminou na quarta-feira e ainda não houve consenso entre as partes que discutem a prorrogação.
Na segunda edição do acordo
(maio a agosto), o IPI dos carros
populares caiu de 10% para 7% e o
dos médios, de 25% para 20%.
Depois de anunciar que não renovaria o acordo, o governo cedeu e apresentou proposta que
aumentaria o IPI em um ponto
percentual, por um período de 60
dias, desde que houvesse compromisso das montadoras em
manter os empregos por 120 dias.
Reunido com representantes
das montadoras e sindicatos anteontem, o governo cedeu novamente. Decidiu manter inalterado
o IPI dos veículos populares e
concordou em reduzir de 120 para
90 dias o compromisso de manutenção de empregos, mas o acordo não foi fechado.
Ontem, a Anfavea (Associação
Nacional de Veículos Automotores) continuou a discutir com o
governo federal os pontos estabelecidos na reunião de quarta-feira
(para tentar nova prorrogação),
mas até as 20h30 não havia definição.
O presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição
de Veículos Automotores), Hugo
Maia, disse que o impasse era por
causa de preços.
A posição das montadoras, representada pela Anfavea, era de
aceitar as condições exigidas pelo
governo, apenas se pudessem retirar o bônus de R$ 375 concedido
aos carros populares.
Segundo Maia, a suspensão do
faturamento deve continuar hoje.
Isso, de acordo com ele, não
provoca nenhum impacto no
mercado, já que as concessionárias têm estoque para até cinco
dias.
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