São Paulo, Sexta-feira, 27 de Agosto de 1999
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SERVIÇOS PÚBLICOS
Reajuste de 6,1% no interior de São Paulo, na área da Elektro, foi cancelado devido a erros
Aneel autoriza aumento e volta atrás

da Sucursal de Brasília

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou ontem um aumento das tarifas de energia elétrica para o interior de São Paulo, mas logo voltou atrás.
O primeiro anúncio foi feito no início da noite: os consumidores de energia de 223 municípios do interior de São Paulo pagariam, a partir de hoje, 6,1% a mais pelo serviço prestado pela Elektro (Eletricidade e Serviços S/A).
Por volta das 19h15, a Aneel informou que o aumento havia sido cancelado, sem dar detalhes.
Segundo seu assessor de imprensa, Omar Abbud, "os técnicos encontraram erros" e decidiram cancelar o reajuste, cuja autorização já havia sido enviada para publicação na edição de hoje do "Diário Oficial" da União. O diretor-geral da agência é José Mário Abdo.
Ao tentar explicar a trapalhada, Abbud não soube dizer se a incorreção estava nos dados fornecidos pela empresa ou nos cálculos feitos pela agência. Ele também não soube dizer quando será anunciado o novo índice.
O aumento anunciado ontem seria o segundo concedido à Elektro neste ano. Em junho passado, quando a Aneel autorizou um tarifaço médio de 11,32% para todo o país, o reajuste da Elektro foi definido em 16,34%.
Esse primeiro aumento foi efeito da desvalorização do real perante o dólar, o que encareceu a energia produzida pela usina de Itaipu -a Elektro é cliente da hidrelétrica.
Antes do reajuste de junho, as tarifas da Elektro haviam sido aumentadas em abril de 1997, quando a empresa era estatal.
O aumento anunciado (e cancelado) ontem está previsto no contrato de concessão da empresa. Ele tem como base o IGP-M, da Fundação Getúlio Vargas, que mediu uma inflação de 9,92% entre agosto de 1998 e julho de 1999.
Caso ficasse com os 6,1% anunciados, a Elektro acumularia uma recomposição tarifária de 23,44% neste ano.
Segundo a Aneel, as tarifas subiram em média 72% nos últimos cinco anos, contra uma inflação de aproximadamente 59%. Para Abbud, a diferença garante uma "tarifa justa", que remunera o investimento.


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