|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SERVIÇOS PÚBLICOS
Reajuste de 6,1% no interior de São Paulo, na área da Elektro, foi cancelado devido a erros
Aneel autoriza aumento e volta atrás
da Sucursal de Brasília
A Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) anunciou ontem
um aumento das tarifas de energia elétrica para o interior de São
Paulo, mas logo voltou atrás.
O primeiro anúncio foi feito no
início da noite: os consumidores
de energia de 223 municípios do
interior de São Paulo pagariam, a
partir de hoje, 6,1% a mais pelo
serviço prestado pela Elektro
(Eletricidade e Serviços S/A).
Por volta das 19h15, a Aneel informou que o aumento havia sido
cancelado, sem dar detalhes.
Segundo seu assessor de imprensa, Omar Abbud, "os técnicos encontraram erros" e decidiram cancelar o reajuste, cuja autorização já havia sido enviada
para publicação na edição de hoje
do "Diário Oficial" da União. O
diretor-geral da agência é José
Mário Abdo.
Ao tentar explicar a trapalhada,
Abbud não soube dizer se a incorreção estava nos dados fornecidos
pela empresa ou nos cálculos feitos pela agência. Ele também não
soube dizer quando será anunciado o novo índice.
O aumento anunciado ontem
seria o segundo concedido à Elektro neste ano. Em junho passado,
quando a Aneel autorizou um tarifaço médio de 11,32% para todo
o país, o reajuste da Elektro foi definido em 16,34%.
Esse primeiro aumento foi efeito da desvalorização do real perante o dólar, o que encareceu a
energia produzida pela usina de
Itaipu -a Elektro é cliente da hidrelétrica.
Antes do reajuste de junho, as
tarifas da Elektro haviam sido aumentadas em abril de 1997, quando a empresa era estatal.
O aumento anunciado (e cancelado) ontem está previsto no
contrato de concessão da empresa. Ele tem como base o IGP-M,
da Fundação Getúlio Vargas, que
mediu uma inflação de 9,92% entre agosto de 1998 e julho de 1999.
Caso ficasse com os 6,1% anunciados, a Elektro acumularia
uma recomposição tarifária de
23,44% neste ano.
Segundo a Aneel, as tarifas subiram em média 72% nos últimos cinco anos, contra uma inflação de aproximadamente
59%. Para Abbud, a diferença garante uma "tarifa justa", que remunera o investimento.
Texto Anterior: Computadores: Teste do bug teve êxito, diz Febraban Próximo Texto: Aviação: TAM registra prejuízo de R$ 29,5 mi Índice
|