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AJUSTE NA AL
Objetivo da Lei de Conversibilidade Fiscal é atingir equilíbrio em 2003
Argentina aprova limite de gasto e teto para déficit
de Buenos Aires
O Congresso argentino aprovou
a lei que limita o gasto público e
coloca um teto para o déficit fiscal. O objetivo final da Lei de Conversibilidade Fiscal é chegar a
2003 com um déficit zero.
A lei estabelece um cronograma
de ajuste gradativo. Para este ano,
o déficit deverá representar no
máximo 1,9% do PIB (Produto
Interno Bruto), o equivalente a
US$ 5,1 bilhões.
Em 2000, o déficit argentino deverá ser 0,4 ponto percentual menor que o de 1999. Em 2001, o déficit deverá cair mais 0,5 ponto
percentual e, em 2002, mais 0,6
ponto percentual. Em 2003, seria
atingido o equilíbrio.
Para evitar que os dispêndios
aumentem muito nos períodos de
crescimento econômico, a lei afirma que o gasto público não pode
crescer a uma taxa maior que a do
crescimento do país. Nos períodos de retração econômica, os
gastos do Estado não podem variar, permanecendo estáveis.
O Congresso também criou um
fundo anticrise, para poder manter o nível de gasto público em períodos de recessão, sem aumentar
a pressão sobre as contas públicas. O fundo será financiado com
1% da arrecadação fiscal do ano
2000, 1,5% da arrecadação de 2001
e 2% da arrecadação de 2002.
Além disso, 50% dos recursos obtidos com privatizações ou concessões públicas serão enviados
para o fundo.
Quando o total da verba disponível atingir 3% do PIB, o governo
poderá usar o excedente no abatimento da dívida externa, investimentos públicos e gastos sociais.
A aprovação da lei foi apoiada
pelas diferentes forças políticas
argentinas. O ministro da Economia, Roque Fernández, e os principais economistas dos candidatos a presidente, José Luis Machinea (oposição) e Jorge Remes Lenicov (situação), consideraram a
medida um importante sinal para
dar tranquilidade aos investidores internacionais.
(ANDRÉ SOLIANI)
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