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Nafta aumenta 90% e pressiona indústria
da Redação
As indústrias de plástico estão
preocupadas com os aumentos
dos preços da nafta, a principal
matéria-prima do setor. Desde janeiro, diz a Abiplast (Associação
Brasileira da Indústria do Plástico), o produto subiu 90,52%.
A Abiplast informa que enviou
ontem, aos ministros da área econômica e às entidades que representam os consumidores de plásticos, nota oficial alertando para
as consequências desse aumento.
As resinas devem encarecer mais
15% em setembro, totalizando
reajuste de 61% no ano.
A decisão foi tomada, na quarta-feira, em reunião de 16 sindicatos e associações do setor.
"A indústria de transformação
fica constrangida entre a imposição de preços fixados compulsoriamente pelo governo e pelos fabricantes de resina, de um lado, e,
do outro, pelos seus clientes, especialmente pelas grandes empresas, que não aceitam repasses,
estimulam uma concorrência
predatória e promovem a importação de produtos similares, produzidos em países que não possuem o "custo Brasil", e onde os
preços internos dessas resinas
chegam a ser até 30% mais baratos do que os preços internos brasileiros", diz a nota da Abiplast.
Essa pressão de custos, segundo
a entidade, está enfraquecendo
uma indústria de transformação
que abrange mais de 5.000 empresas e 190 mil empregos diretos.
A consequência, alerta, pode ser o
fechamento de fábricas e mais desemprego.
O aumento dos preços da nafta
está relacionado à alta dos preços
do petróleo e à maxidesvalorização do real.
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