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São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 2003

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GLAMOUR EM BAIXA

Aluguel alto e vendas baixas encerram ponto tradicional de SP

Extra Mappin fechará na terça

ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A loja que era para ser a Macy's brasileira teve uma curta vida: quatro anos. O Extra Mappin, que ocupou o antigo prédio do Mappin, na praça Ramos, centro de São Paulo, vai fechar as portas na próxima terça-feira. Nem Ricardo Mansur, o chamado "rei do varejo", que faliu nos anos 90, nem Abílio Diniz, o "homem que mais entende de varejo no país", como o próprio se define, lucraram no ponto.
Há rumores de que redes como Riachuelo e Renner estejam interessados no ponto. Sem propostas ainda, o velho Mappin completará 90 anos fechado.
Disputado a tapas por redes como Lojas Americanas e a estrangeira J.C. Penney, o ponto do Extra Mappin foi arrendado em 1999 pelo Pão de Açúcar. Foi o negócio de varejo do ano. Esperava-se, pelas contas iniciais, vender R$ 200 milhões ao ano. O ponto era ótimo e o risco baixo, dizia a empresa. Nos bastidores, a história era diferente.
Abílio Diniz tinha noção de que o risco era maior que o de outros empreendimentos. Mas ele bateu o martelo. O local não tinha estacionamento. A loja ainda era alugada, o que impedia reformas. Porém, se funcionasse, seria um tiro certeiro.
O negócio não vingou: só o aluguel "comia" R$ 7,2 milhões do faturamento anual da loja. E, ainda por cima, a venda não deslanchou. Os donos do ponto (Bradesco, Santa Casa de Misericórdia e uma família de investidores) negociaram durante meses com a rede. Há poucas semanas, o Pão de Açúcar pediu um desconto de mais de 50% no aluguel. Os donos não aceitaram. A rede ameaçou fechar a loja. Agora o fará.


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