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Ruralista do PR acusa sem-terra
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O presidente da UDR (União
Democrática Ruralista) no noroeste do Paraná, Marcos Prochet, afirmou ontem suspeitar de
que a origem dos focos de aftosa
nos Estados de Mato Grosso do
Sul e do Paraná tenha sido nos
acampamentos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra) na região.
"Desde o ano 2000 que denuncio às autoridades do Paraná e
brasileiras que há subvacinação
nas invasões", disse ele.
A tese de contaminação dos rebanhos do MST já foi apontada na
região de Mato Grosso do Sul, onde foram detectados os primeiros
casos da doença, mas nada foi
confirmado. Prochet diz que, por
razões políticas, "das federações
da agricultura aos governos, todo
mundo se calou com a ameaça da
febre aftosa nos assentamentos
do MST".
Prochet considera que a notícia
de suspeita de surgimento de aftosa no Estado do Paraná, se for
confirmada, "vai acabar com a
pecuária no Estado". "[A ação dos
governos] consegue controlar a
doença, mas será muito difícil ao
Brasil retomar as exportações."
Segundo ele, gado sem controle
sanitário transita na região que
compreende o noroeste do Paraná, o sudoeste de Mato Grosso do
Sul e a divisa seca com o Paraguai,
e que esse é outro caminho natural de contágio. Ele diz que há
criadores que ""compram um ou
outro gado mais barato no Paraguai para vender por melhor preço no Brasil". "Esse foco veio de
gado contrabandeado do Paraguai e de assentamentos do
MST", afirma.
Outro lado
O governo paraguaio nega enfaticamente que o foco de aftosa registrado em MS tenha origem naquele país e acusa o governo brasileiro de negligência.
A Folha tentou contato por telefone com a coordenação estadual
do MST, em Curitiba, e com o
coordenador da região noroeste
do MST, José Damasceno, para
repercutir as acusações do líder
da UDR, mas não conseguiu.
(MARI TORTATO)
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