São Paulo, Domingo, 21 de Novembro de 1999
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"Nanicos" querem ter candidato

da Reportagem Local

A corrida pela diretoria-geral do FMI também tem seus candidatos "nanicos" -aqueles com pouca chance de vitória.
O ministro das Finanças do Japão, Kiichi Miyazawa, indicou, na última semana, o ex-titular da pasta Eisuke Sakakibara para o cargo.
Sakakibara não quis comentar a indicação. Mas disse que nenhum nome deveria ser descartado -mesmo um americano ou um asiático.
"Eu acho que a posição não deveria ser monopolizada por europeus", afirmou, esclarecendo que não havia sido consultado formalmente, pelo governo japonês, para concorrer.
Conhecido como "sr Iene" (a moeda japonesa), Sakakibara atualmente é professor da Universidade de Tóquio.
Ele renunciou ao cargo de vice-ministro em julho.
O nome de Jean-Claude Trichet, presidente do banco central francês, também foi cogitado. Mas dificilmente ele teria chance, já que a direção do FMI está nas mãos da França há 22 anos (Camdessus está sucedendo Jacques de Larosière, que ficou no cargo entre 1978 e 1987).
O belga Philippe Maystadt (ex-ministro das Finanças do país) também ensaia uma entrada na disputa, segundo a imprensa local.
Ele é considerado político hábil e foi interlocutor do governo belga com o FMI por muitos anos.
O sistema de escolha do cargo, porém (leia texto nesta página), torna difícil que um candidato fora dos grandes centros europeus tenha chance de vitória.
É a razão pela qual o Japão (uma das mais poderosas economias do planeta) não tem sua candidatura levada a sério por especialistas.


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