da Reportagem Local

O serviço de factoring aumentou 266% desde 1994. A estabilidade econômica é a principal causadora do crescimento desse setor de fomento mercantil. O volume de recursos movimentado por esse mercado passou de R$ 6,1 bilhões naquele ano para R$ 16 bilhões em 1999.
Factoring é um conjunto de serviços oferecidos por empresas, chamadas de sociedades de fomento mercantil, a micro e pequenas empresas.
Elas fazem análise creditícia, acompanhamento de contas a pagar e a receber.
"A estabilidade permite o crescimento da economia e a possibilidade de redução de custos por parte das micro e pequenas empresas", analisa o presidente e fundador da Anfac (Associação Nacional de Factoring), Luiz Lemos Leite.
Para ele, o crescimento da economia teve efeito positivo para as pequenas e médias empresas, o que favoreceu indiretamente as sociedades de fomento.
"Uma economia aquecida faz com que o setor produtivo cresça, dando maior impulso para micro e pequenas empresas. Para ter capital para financiar seus investimentos, elas recorrem ao factoring, favorecendo as instituições."
O principal legado do Plano Real, segundo Leite, foi a redução da inflação, "que corroía tudo". Ele adverte que o país passa por um momento perigoso, porque existe espaço para o retorno da inflação, principalmente se a reforma tributária não for aprovada rapidamente. "O governo está brincando com fogo", afirma.
Para este ano, a Anfac projeta crescimento de 10% na prestação de serviços de factoring, inferior ao crescimento de 30% que houve entre 1997 e 1998.
Segundo a última estimativa da associação, existem 720 empresas de factoring associadas. Entre 1994 e 1998, o número de empresas assistidas pelo factoring passou de 14 mil para 55 mil, sendo que 85% delas são da indústria e 15%, do comércio. (RSS)


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