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A CAUSA
Brasil teve que se adequar às normas do Fundo
DA REPORTAGEM LOCAL
O acordo com o FMI engessou
os investimentos das estatais
brasileiras porque quando empresta dinheiro para um país, o
Fundo impõe ajustes que seus
economistas consideram adequados para garantir a saúde
macroeconômica do devedor.
Entre as exigências do FMI está a de que o país atinja uma meta fiscal predeterminada. O governo deve cortar gastos para
conseguir em um superávit em
suas contas.
Pela metodologia adotada pelo
FMI, são considerados gastos do
governo todos os recursos despendidos pelos governos federal, estadual e municipal e pelas
empresas controladas por eles.
Assim, se uma empresa estatal
como Furnas aumenta seus gastos, investindo em geração, ela
aumenta os gastos do governo,
segundo os critérios de cálculo
das contas públicas do FMI.
Para atingir as metas com o
Fundo, o governo cortou gastos
de praticamente todas as áreas,
mas também impediu que as estatais fizessem gastos com investimentos que pudessem comprometer ou diminuir os resultados fiscais. Essa limitação restringiu a capacidade de empresas como Furnas e Eletronorte
de investir em novas usinas para
gerar energia.
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