São Paulo, domingo, 20 de maio de 2001

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A CAUSA

Brasil teve que se adequar às normas do Fundo

DA REPORTAGEM LOCAL

O acordo com o FMI engessou os investimentos das estatais brasileiras porque quando empresta dinheiro para um país, o Fundo impõe ajustes que seus economistas consideram adequados para garantir a saúde macroeconômica do devedor.
Entre as exigências do FMI está a de que o país atinja uma meta fiscal predeterminada. O governo deve cortar gastos para conseguir em um superávit em suas contas.
Pela metodologia adotada pelo FMI, são considerados gastos do governo todos os recursos despendidos pelos governos federal, estadual e municipal e pelas empresas controladas por eles.
Assim, se uma empresa estatal como Furnas aumenta seus gastos, investindo em geração, ela aumenta os gastos do governo, segundo os critérios de cálculo das contas públicas do FMI.
Para atingir as metas com o Fundo, o governo cortou gastos de praticamente todas as áreas, mas também impediu que as estatais fizessem gastos com investimentos que pudessem comprometer ou diminuir os resultados fiscais. Essa limitação restringiu a capacidade de empresas como Furnas e Eletronorte de investir em novas usinas para gerar energia.


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