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Para secretário, fixar meta de aumento é desnecessário
DA SUCURSAL DO RIO
O secretário de Planejamento e
presidente do Programa Estadual
de Desestatização de São Paulo,
André Franco Montoro Filho,
considera desnecessário o estabelecimento de metas de crescimento da oferta nos contratos de concessão das geradoras de energia
elétricas privatizadas.
""Se tiver demanda por energia,
as empresas vão investir, independentemente de haver ou não
metas obrigatórias nos contratos
de concessão", afirmou.
Como exemplo para sua tese,
Montoro Filho disse que a Gerasul (Centrais Geradoras do Sul do
Brasil S.A.) expandiu sua capacidade de produção em 37% após
ter sido privatizada, em 1998.
No caso dos editais de privatização da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), sob sua responsabilidade, o secretário credita ao governador Mário Covas a
determinação para a inclusão das
metas nos contratos da Cesp Tietê, Paranapanema -já vendidas- e Paraná -cuja privatização foi adiada-, porque estava
preocupado em atrair investimentos para o Estado.
Falando sobre crise energética,
Montoro Filho afirmou que aumento da geração de energia elétrica em São Paulo terá de vir de
termelétricas e de projetos de co-geração de energia.
"Não há mais quedas d'água
disponíveis para a implantação de
novas hidrelétricas", afirmou ele,
balizando sua opinião.
Responsabilidade
Apesar de ser ré na ação judicial
movida pela Federação Nacional
dos Engenheiros, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)
afirma que não cabe a ela a responsabilidade por incluir metas
de expansão de oferta de energia
elétrica nos contratos de concessão das empresas geradoras que
foram privatizadas.
Segundo a agência, o edital de
privatização e o contrato de concessão são definidos pelo responsável pelo processo de venda da
empresa.
No caso da Gerasul, a privatização ficou a cargo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), enquanto o
governo de São Paulo estabeleceu
as condições de privatização da
Cesp.
Um estudo do BNDES sobre a
crise do setor energético, concluído em março deste ano, defende a
inclusão das metas de crescimento de oferta nas próximas privatizações a serem realizadas no setor
elétrico.
(EL)
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