São Paulo, domingo, 20 de maio de 2001

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Quem não poupar terá sobretaxa e a luz cortada

DA REPORTAGEM LOCAL

O plano de racionamento de energia divulgado pelo governo na sexta-feira prevê o corte do fornecimento, por três dias (seis, em caso de reincidência), para os consumidores residenciais que não conseguirem baixar o consumo em 20%.
O objetivo do plano é tentar driblar a crise energética e evitar a necessidade de cortes de luz prolongados (apagões).
As medidas entram em vigor em 1� de junho nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, com exceção do Maranhão.
Os consumidores residenciais terão de reduzir em 20% o consumo. Ainda assim estarão sujeitos a acréscimos de 50% e de 200% sobre a tarifa normal na conta de luz. Caso não consigam reduzir o consumo, podem ter o fornecimento cortado por três dias no primeiro mês e por seis dias em caso de reincidência.
Para cerca de 12,4 milhões de consumidores que gastam até 100 kWh/mês (39% dos consumidores das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste), não haverá racionamento (ver quadro acima).
As medidas valem para quem gasta mais. Na faixa de 101 a 200 kWh, o consumidor terá meta de redução de 20% sobre o consumo médio do trimestre maio, junho e julho de 2000. Se não atingir sua cota, pode ter a luz cortada.
Quem consome mais de 200 kWh/mês, além de ter de reduzir o consumo nos mesmos níveis -a cota será fixa até o final do racionamento-, sob risco de corte no fornecimento, terá "punição" extra: a sobretaxa.
Esses consumidores (28,6% do total, ou 9 milhões de consumidores das três regiões), mesmo que reduzam seus gastos, pagarão mais pela energia. Essa taxa será aplicada à parcela que exceder a meta. Na faixa entre 201 e 500 kWh, o consumidor vai pagar 50% a mais do que a tarifa normal. O que exceder 500 kWh/mês vai custar ao consumidor 200% a mais do que o normal.



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