|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Quem não poupar terá sobretaxa e a luz cortada
DA REPORTAGEM LOCAL
O plano de racionamento de
energia divulgado pelo governo
na sexta-feira prevê o corte do fornecimento, por três dias (seis, em
caso de reincidência), para os
consumidores residenciais que
não conseguirem baixar o consumo em 20%.
O objetivo do plano é tentar driblar a crise energética e evitar a
necessidade de cortes de luz prolongados (apagões).
As medidas entram em vigor
em 1� de junho nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, com
exceção do Maranhão.
Os consumidores residenciais
terão de reduzir em 20% o consumo. Ainda assim estarão sujeitos
a acréscimos de 50% e de 200%
sobre a tarifa normal na conta de
luz. Caso não consigam reduzir o
consumo, podem ter o fornecimento cortado por três dias no
primeiro mês e por seis dias em
caso de reincidência.
Para cerca de 12,4 milhões de
consumidores que gastam até 100
kWh/mês (39% dos consumidores das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste), não haverá racionamento (ver quadro acima).
As medidas valem para quem
gasta mais. Na faixa de 101 a 200
kWh, o consumidor terá meta de
redução de 20% sobre o consumo
médio do trimestre maio, junho e
julho de 2000. Se não atingir sua
cota, pode ter a luz cortada.
Quem consome mais de 200
kWh/mês, além de ter de reduzir
o consumo nos mesmos níveis
-a cota será fixa até o final do racionamento-, sob risco de corte
no fornecimento, terá "punição"
extra: a sobretaxa.
Esses consumidores (28,6% do
total, ou 9 milhões de consumidores das três regiões), mesmo que
reduzam seus gastos, pagarão
mais pela energia. Essa taxa será
aplicada à parcela que exceder a
meta. Na faixa entre 201 e 500
kWh, o consumidor vai pagar
50% a mais do que a tarifa normal. O que exceder 500 kWh/mês
vai custar ao consumidor 200% a
mais do que o normal.
Texto Anterior: Em 87, corte afetou mais Pernambuco e Bahia Próximo Texto: Brasil e EUA vivem o mesmo conflito Índice
|