São Paulo, domingo, 20 de maio de 2001

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PAINEL S.A.

Corte de 30%
Roberto Setubal, presidente do Itaú, diz que o banco está implantando um programa interno de redução de 30% no consumo de energia. Ele acha que nas áreas comerciais e residenciais há possibilidade de uma redução de consumo até superior a 30%.

Otimismo
Para Setubal, a questão mais complexa está na área industrial, em que qualquer redução implicará queda na produção. Mesmo assim ele se considera um otimista. "Em um ou dois meses o país estará ajustado a essa nova situação."

Custo político
Setubal não é o único a demonstrar otimismo. Outros grandes empresários também fazem a mesma avaliação. Há até quem ache que o custo político para o presidente Fernando Henrique Cardoso será muito pequeno, se houver.

Seminário
A Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) realiza seminário entre os dias 7 e 9 de junho, no Hotel Sofitel, na Costa do Sauípe, na Bahia, com representantes de concessionárias de energia de todo o país. A Abradee considera o apagão inevitável.

À luz de lampião
No espírito do apagão, a festa junina dos funcionários da Caixa Econômica Federal, em Brasília, será iluminada apenas com tochas, lampiões e fogueiras. A festa acontece no dia 1� de junho (início do racionamento).

Novo rumo
Mauro Szwarcwald, vice-presidente da Telemar, vai redesenhar a estratégia da área corporativa da empresa. A operadora espera obter em três anos receita maior com transmissão de dados do que com serviços de voz.

Parceria
O Banco do Brasil coloca em prática a partir de amanhã, no Rio, o projeto "Correspondente Bancário". As 84 lojas das Casas Sendas receberão o pagamento de contas, carnês e impostos. O objetivo é atingir a população que não tem acesso aos bancos.

E-mail: guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

O plano e os bancos

O economista Erivelto Rodrigues, presidente da Austin Asis, acha que o plano de racionamento do governo irá ter reflexo na evolução da carteira de crédito dos bancos, em razão da retração na atividade econômica. Segundo ele, se o crédito iria crescer de 30% a 35% este ano, agora a expansão será de 20%. Pelas contas de Rodrigues, o racionamento também terá impacto no resultado dos bancos. Sua previsões eram um crescimento de 10% no resultados dos bancos. Agora, ele acha que o resultado será muito próximo ao do ano passado, de R$ 8 bilhões. Com isso, os spreads (taxas de risco) devem parar de cair e provavelmente iniciem um processo de alta. Os spreads bancários médios devem subir dos atuais 25% para 30%.


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