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TV digital deve permitir gravação de programas
Para governo, bloqueador encarece muito o adaptador
LUCIANA OTONI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo decidiu que não
vai tornar obrigatória a venda
no país de adaptador para sinal
de TV digital com dispositivo
bloqueador de cópias de conteúdo. A decisão, que não foi
anunciada oficialmente, contraria os interesses dos produtores de conteúdo, como emissoras de TV, que alegam risco
de aumento da pirataria.
A decisão foi acertada em
reunião ontem no Palácio do
Planalto com os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Hélio
Costa (Comunicações), Miguel
Jorge (Desenvolvimento), Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia) e Paulo Bernardo (Planejamento). Um dos participantes da reunião disse à Folha
que a não-obrigatoriedade no
uso do bloqueador foi acertada
para evitar que o preço do
adaptador se torne inviável para a maioria da população.
A maior preocupação do governo com a TV digital é com os
80 milhões de TVs analógicas
que precisarão do conversor.
O bloqueador de cópias piratas (DRM) serviria para preservar direitos autorais.
O vice-presidente da Gradiente, Moris Ardittie, um dos
produtores no país do adaptador para sinal de TV digital,
avalia que dificilmente um aparelho conversor de alta definição custará menos de R$ 500
no mercado. Segundo ele, os
adaptadores produzidos no
Brasil já têm o DRM, mas devem ser desativados.
No governo, a avaliação é
que, com adaptador a R$ 500,
dificilmente a TV digital emplaca. O Ministério das Comunicações busca preço em torno
de R$ 200. Como também é um
valor tido como elevado, o governo negocia com Estados a
possibilidade de oferecer isenção do ICMS para o produto
custar R$ 150.
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