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JUSTIÇA
Falência da Giovanna Fábrica é investigada
LÁSZLÓ VARGA
da Reportagem Local
A empresária Jeanette Kupfer
-ex-proprietária da marca de
roupas e cosméticos Giovanna
Baby- e suas filhas Mariana, Helena e Karen vão passar por uma
devassa judicial. O juiz da 31� Vara Cível de São Paulo, Sérgio Gomes, determinou a verificação de
quem realmente é dono dos bens
de três empresas registradas com
os nomes de Jeanette e suas filhas.
O objetivo é levantar recursos
para cobrir os rombos da Giovanna Fábrica, indústria que fabricava produtos Giovanna Baby e que
faliu em agosto de 97. O pedido de
verificação dos bens partiu do Ministério Público.
"Tudo indica que houve fraude
e que Jeanette transferiu bens da
companhia antes da falência",
afirmou à Folha a promotora Anna Yaryd. Um dos objetivos do
Ministério Público é colocar em
leilão a marca Giovanna Baby,
que pertence hoje à empresa Baby
World. A marca valeria cerca de
US$ 1,5 milhão.
A Giovanna Fábrica deve cerca
de US$ 1 milhão apenas em impostos. Segundo Anna, a patente
Giovanna Baby também pode ter
sido transferida para a Baby
World como forma de salvar patrimônio de Jeanette. "Havia uma
ligação entre ela e Jackues Broder,
que adquiriu a marca e foi sócio
da Baby World". Agora, depois se
desentender com Broder, Jeanette
estaria disposta a reaver a marca.
A decisão do juiz atinge as empresas GBB, Gibi, Texport e também a HK, esta registrada apenas
em nome de Jeanette. Procurada
em sua casa pela Folha, a empresária não foi localizada. Mariana,
uma das filhas, disse desconhecer
o assunto. "Não sei se tenho participação em alguma dessas empresas".
A quebra da Giovanna Fábrica
ocorreu na mesma época da falência da indústria O Alquimista,
de Broder. A promotora acredita
que houve uma manobra de
transferência de bens das duas
empresas para a Baby World.
Também considera estranho o
fato de Jeanette ter transferido sua
fábrica, instalada em três andares
de um prédio, para o subsolo de
uma casa, às vésperas da quebra.
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