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Governo busca acordo no reajuste de aposentados
Planalto acena com aumento real também para quem recebe mais do que 3 mínimos
Negociação na Câmara discute alteração da emenda que iguala o reajuste do piso ao aumento de todos os benefícios pagos pelo INSS
DO "AGORA"
A liderança do governo na
Câmara deve procurar a oposição, nesta semana, para fechar
um acordo sobre a política de
reajuste para aposentados. O
governo já admite dar aumento
real -acima da inflação- também para os segurados que recebem mais do que três mínimos (R$ 1.245).
A proposta inicial era priorizar o reajuste maior para quem
ganha até esse valor.
A negociação é para alterar a
emenda que iguala o reajuste
do piso ao aumento de todos os
benefícios do INSS. O projeto
foi aprovado pela Comissão Especial do Salário Mínimo e vai a
plenário. Se uma proposta for
fechada entre a oposição e o governo, a emenda poderá ser
substituída.
"Vamos discutir, ainda nesta
semana, primeiro com a bancada e, depois, com a oposição,
uma proposta de reajuste substancial para os 8,2 milhões que
ganham acima do piso. Pode
ser um aumento fixo, em reais,
ou até um escalonamento com
reajuste sempre acima da inflação", disse o deputado federal
Maurício Rands (PT-PE), líder
do partido na Câmara.
Se o reajuste for escalonado,
quem ganha mais que três mínimos poderá ter aumento
maior que a inflação.
Segundo Rands, os parâmetros da proposta de reajuste serão o crescimento econômico,
com base no PIB (Produto Interno Bruto), e a inflação pelo
INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
Caso seja usada a regra do
reajuste fixo, quem receber até
um valor limite, no caso três
mínimos, terá um aumento
igual em reais. Quem tiver um
salário maior terá apenas a inflação reposta.
Se essa regra fosse usada neste ano, o aumento fixo seria de
R$ 62,25. Pela proposta do índice de reajuste escalonado, os
aposentados que ganham acima do piso teriam um aumento
de 6% a 8%. No ano, o mínimo
subiu 9,21%, e o benefício
maior que o piso aumentou 5%.
"Vamos dialogar. Estamos
esperando também os resultados dos estudos feitos pela assessoria técnica do governo sobre o impacto do reajuste", disse o líder do PT na Câmara.
O governo tem pressa para
discutir o reajuste dos aposentados, já que a proposta que
iguala o aumento do mínimo e
de todos os benefícios do INSS
pode ser votada no plenário até
o dia 17 de julho.
No entanto, a aprovação da
proposta na Comissão Especial
do Salário Mínimo ainda causa
polêmica.
Parte da oposição já sinaliza
em favor de uma negociação
com o governo para a derrubada do reajuste igual para todos
os segurados. "Há espaço para
discussão dentro do partido",
disse o deputado Bruno Araújo
(PSDB-PE), vice-líder tucano.
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