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Para o presidente, economia brasileira vive "quase o paraíso'
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Embora tenha manifestado
preocupação com a alta dos
preços, Lula não deixou de
mostrar também o seu contentamento diante dos dados que
mostram que o país está crescendo com força. "Este momento que estamos vivendo é
quase chegar perto do paraíso.
Mais um pouco e estaremos lá",
disse ontem durante cerimônia
na BM&F Bovespa.
No seu programa de rádio, o
presidente afirmou que o país
precisa crescer "com responsabilidade" e "sem nenhum sobressalto" para evitar o retorno
da inflação. Lula comemorou o
anúncio, feito na semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de que o PIB (Produto Interno Bruto) do país subiu 5,8%
no primeiro trimestre do ano, a
maior taxa em um intervalo de
12 meses desde 1996.
Para o presidente, os números mostram que "a economia
brasileira está no caminho certo, em um ritmo de crescimento equilibrado e muito sustentável". Mas Lula fez uma ressalva: "É importante que o ritmo
da economia acompanhe a demanda, porque, se a gente continuar consumindo mais do
que produz, o resultado é que a
gente terá inflação".
Lula destacou ainda que o governo continuará trabalhando
para que a economia continue
"crescendo forte". "[Para que]
A gente possa ter um consumo
forte, mas não maior do que
aquilo que a economia pode
atender". Segundo ele, o crescimento do PIB ajudará a fazer
com que haja no país mais emprego, salários melhores e crescimento das famílias.
Lula mencionou, em seu discurso em São Paulo, que vislumbra um período de, pelo
menos, dez anos de crescimento sustentável no país "para recuperar os 20 anos de não-crescimento".
Presente à homenagem prestada pela Bolsa, o presidente do
Banco Central, Henrique Meirelles, comentou que o país está
entrando em um ciclo virtuoso
após a tomada de "medidas duras, porém necessárias para o
crescimento". "A consolidação
da estabilidade da economia
brasileira deu maior previsibilidade, que está levando ao
alongamento dos horizontes de
planejamento", afirmou.
Já o ministro da Fazenda,
Guido Mantega, disse que "os
números falam por si". "Hoje o
Brasil é um país reconhecido
mundialmente, sólido, confiável", afirmou, destacando que a
situação do Brasil é melhor do
que a de outros países graças às
medidas tomadas pelo governo.
"Houve uma inversão. No passado, quando os EUA pegavam
um resfriado, nós tínhamos
uma pneumonia; agora, são os
EUA que têm a pneumonia, e
nós, apenas um pequeno resfriado. Nosso desafio é enfrentar a crise internacional. Continuaremos crescendo a despeito
desse problema."
(DG e LS)
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