São Paulo, segunda-feira, 16 de dezembro de 2002

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Patrimônio de fundos com recursos do FGTS dobra em nove meses

Rendimento da Vale já supera 100%

SÉRGIO RIPARDO
DA FOLHA ONLINE

Quem entrou em março nos fundos da Vale do Rio Doce vai ter um Natal inesquecível. O rendimento já supera 100%. Foi a melhor decisão de investimento de 2002 para os 800 mil trabalhadores que aplicaram recursos do FGTS nas ações da mineradora.
Segundo o último levantamento da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimentos), os fundos de privatização Vale do Rio Doce com recursos próprios acumulam ganhos de 102,62%.
Há casos acima dessa média, como os fundos do Bradesco e do BCN do tipo "recursos próprios", que dão rendimento acima de 105%. Já os fundos Vale-FGTS rendem 97,78% nos nove meses de existência, enquanto os fundos de migração de Petrobras para Vale acumulam valorização de 87,65%. Quem participou da oferta pública da Vale comprou o papel por R$ 54,42, incluindo os 5% de desconto dados pelo governo.
No último dia 11 (quarta-feira passada), a ação ordinária da Vale bateu um recorde na Bovespa. Atingiu a cotação máxima de R$ 110 e fechou a R$ 109, o maior valor da história do papel na Bolsa e o mais que o dobro em relação ao preço da oferta pública.
Esse otimismo das corretoras da Bolsa com a mineradora tem motivos: a Vale só dá notícia positiva. Com o dólar elevado, a exportadora de minério de ferro vitamina suas receitas na hora de transformar a moeda americana em reais.
Além disso, a companhia se aproveita da maior demanda de seus clientes -inclusive no mercado interno. O Brasil fechará 2002 batendo recorde de produção de aço, segundo o IBS (Instituto Brasileira de Siderurgia).
No relacionamento com os investidores, também não há queixas. Relatórios de bancos internacionais costumam destacar o nível de governança corporativa da mineradora e colocam o papel da empresa brasileira como um das principais estrelas estrangeiras negociadas em Wall Street.
A experiência positiva dos cotistas da Vale pode favorecer o mercado brasileiro de ações, segundo analistas, pois reduz os mitos de que aplicar na Bolsa só dá prejuízo e apenas negócio de especuladores ou de ricos.


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