São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2000


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RECEITA
Recorde foi possível graças ao crescimento de 76,41% no recolhimento da Cofins
Arrecadação cresce 14,6% em relação a janeiro de 99

da Sucursal de Brasília

A Receita Federal arrecadou R$ 14,368 bilhões em janeiro, o que representou um aumento de 14,61%, em relação ao mesmo período do ano passado. Esse resultado permitiu ao fisco bater um recorde histórico no mesmo mês.
Dos R$ 14,368 bilhões, porém, R$ 573 milhões não são considerados como receitas administradas pelo fisco. São recursos oriundos de royalties na extração de petróleo, cobrados pelos Estados, e que foram usados no pagamento de suas dívidas com a União.
A rigor, a Receita teria arrecadado R$ 13,795 bilhões em tributos e contribuições. Essa cifra foi 14,63% maior que a mesma parcela recolhida e administrada pelo fisco em janeiro de 1999.
O recorde de janeiro foi possível graças ao crescimento real de 76,41% no recolhimento da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). Desde o início de 1999, o governo aumentou de 2% para 3% a alíquota desse tributo.
No final do ano passado, decidiu eliminar a possibilidade de dedução na CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) deste ponto percentual acrescentado. No total, a receita da Cofins em janeiro foi de R$ 2,976 bilhões, em valores corrigidos.
Outro tributo que contribuiu para o recorde de janeiro foi a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que cresceu 54,21% em relação ao mesmo mês de 99. A CPMF teve sua alíquota elevada de 0,20% para 0,38% em junho de 1999. A manutenção desse percentual mais alto permitiu uma arrecadação de R$ 1,606 bilhão em janeiro.
Outro fator foi a arrecadação extra de IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) incidente sobre os lucros obtidos na venda de bens, que somou R$ 90,5 milhões e representou aumento de 58,84% na mesma comparação.
Segundo o secretário da Receita, Everardo Maciel, a arrecadação neste ano não deverá ser tão expressiva quanto a do ano passado, que chegou a R$ 164,055 bilhões (receita total) ou a R$ 154,315 bilhões (receita administrada). Segundo o secretário, a Receita não poderá contar em 2000 com recolhimentos atípicos, como a incorporação de depósitos judiciais.



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