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RECEITA
Recorde foi possível graças ao crescimento de 76,41% no recolhimento da Cofins
Arrecadação cresce 14,6% em relação a janeiro de 99
da Sucursal de Brasília
A Receita Federal arrecadou R$
14,368 bilhões em janeiro, o que
representou um aumento de
14,61%, em relação ao mesmo período do ano passado. Esse resultado permitiu ao fisco bater um
recorde histórico no mesmo mês.
Dos R$ 14,368 bilhões, porém,
R$ 573 milhões não são considerados como receitas administradas pelo fisco. São recursos oriundos de royalties na extração de petróleo, cobrados pelos Estados, e
que foram usados no pagamento
de suas dívidas com a União.
A rigor, a Receita teria arrecadado R$ 13,795 bilhões em tributos e
contribuições. Essa cifra foi
14,63% maior que a mesma parcela recolhida e administrada pelo fisco em janeiro de 1999.
O recorde de janeiro foi possível
graças ao crescimento real de
76,41% no recolhimento da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
Desde o início de 1999, o governo
aumentou de 2% para 3% a alíquota desse tributo.
No final do ano passado, decidiu eliminar a possibilidade de
dedução na CSLL (Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido)
deste ponto percentual acrescentado. No total, a receita da Cofins
em janeiro foi de R$ 2,976 bilhões,
em valores corrigidos.
Outro tributo que contribuiu
para o recorde de janeiro foi a
CPMF (Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira),
que cresceu 54,21% em relação ao
mesmo mês de 99. A CPMF teve
sua alíquota elevada de 0,20% para 0,38% em junho de 1999. A manutenção desse percentual mais
alto permitiu uma arrecadação de
R$ 1,606 bilhão em janeiro.
Outro fator foi a arrecadação
extra de IRPJ (Imposto de Renda
da Pessoa Jurídica) incidente sobre os lucros obtidos na venda de
bens, que somou R$ 90,5 milhões
e representou aumento de 58,84%
na mesma comparação.
Segundo o secretário da Receita,
Everardo Maciel, a arrecadação
neste ano não deverá ser tão expressiva quanto a do ano passado,
que chegou a R$ 164,055 bilhões
(receita total) ou a R$ 154,315 bilhões (receita administrada). Segundo o secretário, a Receita não
poderá contar em 2000 com recolhimentos atípicos, como a incorporação de depósitos judiciais.
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