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Queda da inflação é sinalizador para juro menor, diz Armínio
da Sucursal do Rio
Na próxima semana, haverá nova reunião do Copom (Comitê de
Política Monetária), quando será
anunciada uma decisão sobre a
taxa de juros.
Projeções do mercado futuro de
juros apontam para uma queda
da atual taxa, que está em 19%.
Sobre a queda na taxa de juros,
o presidente do Banco Central,
Armínio Fraga, afirmou ontem,
no Rio de Janeiro, que "à medida
que se consolidar a queda da inflação, haverá espaço para a redução dos juros." Ele participou do
seminário "2000: Cenários", promovido pelo Centro de Economia
Mundial da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Questionado se essa avaliação
estaria correta, Fraga disse apenas
que o BC, como já vem fazendo,
vai levar estatísticas e projeções
em conta na sua decisão.
Em janeiro, o IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor Amplo),
índice que baliza o sistema de metas de inflação do governo, foi de
0,62%, contra 0,60% em dezembro do ano passado.
Fraga voltou a dizer que a tendência é a inflação seguir em direção aos 6% fixados pela meta do
governo e a economia crescer 4%.
Pelas estimativas da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que calcula o índice do
custo de vida dos paulistanos, os
6% de inflação previstos pelo governo para este ano serão obtidos
com tranquilidade.
Fraga disse que o país não será
tão afetado caso os principais países do mundo aumentem suas taxas de juros. Segundo ele, há duas
atenuantes: o fato de "esse aumento vir na esteira de uma economia mundial mais forte e de
não sermos mais dependentes de
capital de curto prazo".
Ele confirmou também que o
governo tem a intenção de realizar uma emissão de bônus em ienes. A data mais provável é ainda
neste semestre.
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