São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2000


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Queda da inflação é sinalizador para juro menor, diz Armínio

da Sucursal do Rio

Na próxima semana, haverá nova reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), quando será anunciada uma decisão sobre a taxa de juros.
Projeções do mercado futuro de juros apontam para uma queda da atual taxa, que está em 19%.
Sobre a queda na taxa de juros, o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, afirmou ontem, no Rio de Janeiro, que "à medida que se consolidar a queda da inflação, haverá espaço para a redução dos juros." Ele participou do seminário "2000: Cenários", promovido pelo Centro de Economia Mundial da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Questionado se essa avaliação estaria correta, Fraga disse apenas que o BC, como já vem fazendo, vai levar estatísticas e projeções em conta na sua decisão.
Em janeiro, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice que baliza o sistema de metas de inflação do governo, foi de 0,62%, contra 0,60% em dezembro do ano passado.
Fraga voltou a dizer que a tendência é a inflação seguir em direção aos 6% fixados pela meta do governo e a economia crescer 4%.
Pelas estimativas da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que calcula o índice do custo de vida dos paulistanos, os 6% de inflação previstos pelo governo para este ano serão obtidos com tranquilidade.
Fraga disse que o país não será tão afetado caso os principais países do mundo aumentem suas taxas de juros. Segundo ele, há duas atenuantes: o fato de "esse aumento vir na esteira de uma economia mundial mais forte e de não sermos mais dependentes de capital de curto prazo".
Ele confirmou também que o governo tem a intenção de realizar uma emissão de bônus em ienes. A data mais provável é ainda neste semestre.



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