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MERCADO ABERTO
Cade julga cartel na construção civil
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) marcou para depois de
amanhã o julgamento de
importante processo na área da
concorrência: o caso das britas. O
processo envolve 19 empresas do
setor de pedra britada (usada na
construção civil) e o sindicato da
categoria, o Sindipedras.
Além de envolver grandes empresas, como os grupos Camargo
Corrêa e Holcim, o caso é uma
espécie de marco para a área de
concorrência no Brasil, já que se
trata também da primeira ação
por crime de formação de cartel a
ser julgada no país -o processo
tramita na 27� Vara Criminal do
Judiciário de São Paulo.
As empresas envolvidas no caso respondem por 55% do fornecimento de britas à região metropolitana de São Paulo, e o faturamento delas soma R$ 150 milhões ao ano.
Em novembro do ano passado,
a SDE (Secretaria de Direito Econômico) encaminhou parecer ao
Cade em que pedia a condenação
de 19 empresas do setor de britas
e do Sindipedras.
A SDE acusa o grupo de formação de cartel, com o objetivo de
dividir o mercado, estipular volume de vendas para os consumidores, recusar ou dificultar a venda a clientes inadimplentes, controlar e restringir o aumento da
produção, estipulando o aumento de preços.
A SDE considera o caso emblemático, pois teve origem a partir
da primeira operação de busca e
apreensão a um cartel feita no
Brasil, ocorrida em julho do ano
passado, em São Paulo. Na época, técnicos da SDE, agentes da
Polícia Federal, representantes
da Advocacia Geral da União e
oficiais de Justiça fizeram uma
varredura completa na sede do
Sindipedras.
A SDE elaborou seu parecer
com base nesse material. A secretaria sugere a condenação das seguintes empresas: Basalto, Embu, Geocal, Holcim, Itapisserra,
Iudice, Lafarge, Pedrix, Panorama, Cachoeira, Dutra, Mariutti,
Santa Isabel, São Matheus/Lajeado, Sargon, Reago (Camargo
Corrêa) e Sarpav e do Sindipedras. Caso as empresas sejam
condenadas pelo Cade, elas poderão receber multas que vão de
1% a 30% de seu faturamento
anual.
DETALHADO
O secretário de Economia e
Planejamento do Estado de São
Paulo, Martus Tavares, vai explicar o modelo de gestão do programa prioritário de investimentos do governo paulista em reunião com a diretoria da Abdib
(indústria de base) na quarta-feira, na sede da entidade, em São
Paulo. No total, são 46 projetos
ou programas, que receberão recursos de R$ 12,5 bilhões em
2005 e em 2006. A Abdib vai conhecer como será o processo de
gerenciamento do programa de
investimentos do governo. No
programa, há projetos como a
conclusão da segunda fase de
despoluição e o rebaixamento da
calha do rio Tietê, a despoluição
do rio Pinheiros e a construção
do trecho sul do Rodoanel.
IMPOSTO MOBILIÁRIO
Os valores gastos por varejistas
com impostos para mobiliar e
equipar um novo estabelecimento podem representar até 47,5%
do investimento. É o que revela
estudo da Abiesv (Associação
Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo), realizado em parceria com
a Associação Comercial de São
Paulo. Só de IPI, o valor pode representar até 18%, além das despesas com o pagamento de outros tributos, como PIS, Cofins e ICMS, segundo o estudo.
GRAU DE ALEGRIA
A diretoria da Funcef (fundo
de pensão dos funcionários da
Caixa Econômica) comemorou
o fato de a Companhia Vale do
Rio Doce ter sido uma das primeiras empresas brasileiras a receber o "investment grade" de
uma agência de risco. A Moody's
elevou o "rating" da empresa para Baa3. A alegria se explica pelo
fato de a Funcef ter 2,5% do patrimônio da Vale do Rio Doce, o
que corresponde a aproximadamente 10% dos investimentos
totais do fundo.
IMPACTOS DA CRISE
A Internews promove o seminário "Os Impactos da Crise Política no Desempenho da Economia", no dia 1� de agosto, em São
Paulo. O debate terá as presenças
do deputado Delfim Netto, do
secretário da Fazenda do Estado
de São Paulo, Eduardo Guardia,
e de Luiz Gonzaga Belluzzo.
VOIP ELÉTRICO
A Zultys Technologies acaba
de lançar um equipamento VoIP
(voz sobre IP) que integra energia elétrica, voz e dados em um
só sistema de cabo. O principal
benefício da novidade, batizada
de EPS24, é a capacidade de evitar a interrupção das conexões
em caso de falha no fornecimento de energia elétrica.
VITRINE PARA INGLÊS COMPRAR
Graças aos menores custos de produção e ao efeito cambial,
boa parte das vendas da grife Lacoste no Brasil é destinada a estrangeiros. Segundo o diretor-geral da marca no Brasil, Gerson
Vaccari, em algumas lojas, como nas do Nordeste e do Rio de
Janeiro, as vendas para estrangeiros podem chegar a 40% do faturamento. Na média das lojas, essa fatia é de quase 15%. A queda do dólar afastou um pouco os americanos. "Mas, para os europeus, nossas peças são até 30% mais baratas", diz Vaccari.
Atenta a esse público, a empresa investe na contratação de funcionários que falem inglês e espanhol. A previsão da empresa é
abrir seis novas lojas neste ano. O faturamento deve crescer cerca de 20% em comparação ao ano passado.
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