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EXTERNA
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FMI pode criar linha de crédito de emergência
DE WASHINGTON
O FMI (Fundo Monetário Internacional) confirmou ontem
que poderá criar uma linha de
crédito emergencial para países
que passam por dificuldades financeiras momentâneas.
A criação desse crédito, que poderia ser concedido sem a assinatura de um amplo programa com
o Fundo, foi discutida entre o governo brasileiro e o diretor-gerente do FMI, Rodrigo Rato, na semana passada, no Brasil.
"O Brasil tem interesse nessa linha, assim como muitos membros desta instituição. A sua criação requer um amplo consenso
para ir em frente, mas o assunto
continua sobre a mesa", afirmou
o porta-voz do FMI, Thomas
Dawson, em entrevista.
A vantagem para o país que tomasse crédito dessa linha, em caso de ela ser criada e não incluir a
necessidade de assinar um amplo
programa com o Fundo, é justamente não ter que seguir as regras
rígidas que acordos com a instituição exigem.
O Brasil tem interesse na criação da linha porque cogita não renovar o acordo em vigência com
o FMI. Mesmo no atual pacote,
considerado "preventivo" pelo
Brasil, o país optou por não sacar
parcelas concedidas pelo Fundo,
que totalizarão US$ 30 bilhões.
Dawson afirmou, no entanto,
que, se criada, a linha seria "um
programa do Fundo" com os países que necessitassem da ajuda.
"Como ela (a linha de crédito) seria acionada, ninguém sabe ainda,
assim como é preciso ver se há um
consenso de que algo assim precisa ser feito."
A linha de crédito emergencial,
conforme discutida no Brasil, auxiliaria países que passem por
"dificuldades momentâneas" para equilibrar suas contas externas,
no caso, por exemplo, de uma
queda no fluxo internacional de
capitais.
Os juros cobrados nessa nova linha emergencial também poderiam ser mais baixos do que os
praticados nos atuais programas
do FMI, que variam de 4% a 7%
ao ano.
(FERNANDO CANZIAN)
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