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MERCADO ABERTO
Bruno Stuckert - 2.mar.05/Folha Imagem
![](https://cdn.statically.io/img/www1.folha.uol.com.br/../images/b1004200501.jpg) |
O presidente do BC, Henrique Meirelles (acima na sede do banco, em Brasília), que pode ser alvo de inquérito para investigá-lo, deve se explicar no Congresso sobre as acusações contra ele no dia 26
SOB PRESSÃO
Meirelles se explicará no Congresso
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, irá
ao Congresso se explicar sobre todas as acusações que
pesam contra ele de sonegação
fiscal, crime contra o sistema financeiro e crime eleitoral.
A data ainda não está marcada,
mas deve ser provavelmente no
dia 26, quando já estava prevista
sua ida para outros assuntos.
Meirelles considera o Congresso o fórum mais adequado para
se explicar sobre as denúncias,
depois de o procurador-geral da
República, Claudio Fonteles, ter
pedido ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para apurar as acusações contra ele.
Antes de ir ao Congresso, Meirelles vai esperar, no entanto, o
pronunciamento do STF, o que
deve acontecer na próxima quinta. Nesse mesmo dia, Meirelles
irá embarcar para Washington
para a reunião semestral do FMI.
O governo não admite, mas se
preocupa bastante com o desenrolar do caso, principalmente se
o STF determinar a abertura de
inquérito contra Meirelles. A repercussão poderá ser muito negativa, o que seria desgastante
para a imagem de Meirelles.
Apesar disso, o governo ainda
está disposto a dar um crédito de
confiança a Meirelles e não se cogita, pelo menos por enquanto, a
possibilidade de sua renúncia ou
licença. O governo considera as
acusações antigas e já explicadas.
A curto prazo, a única possibilidade de Meirelles começar a
perder apoio dentro do governo
é se os mercados demonstrarem
sinais de instabilidade. Por enquanto, não houve nenhuma
reação negativa.
Meirelles não enfrenta apenas
esse problema. Outro enorme
risco que ele corre é o de a política monetária não surtir efeito sobre a inflação, depois de oito meses de aumento dos juros, ainda
mais se for confirmada a desaceleração da economia.
INDICIADOS
Tudo indica que a PF deverá
indiciar nesta semana Daniel
Dantas e Carla Cico, logo depois de seus depoimentos.
FAXINA
A Receita Federal excluiu na
semana passada 216 empresas
do Refis. De 130 mil empresas
que tinham entrado no Refis,
hoje só permanecem 27 mil. As
demais foram excluídas.
TROCA DE GUARDA
As mudanças no BB não devem se restringir à troca de
Ivan Guimarães por Geraldo
Magela no Banco Popular do
Brasil. A pressão é forte pela
saída do vice Edson Monteiro.
Rossano Maranhão, presidente
do BB, tenta mantê-lo.
DE VOLTA
Depois de participar do pool
de empresas que patrocinava a
equipe brasileira Fittipaldi, na
Fórmula 1, em 1982, a Sal Cisne
está de volta ao automobilismo. Vai batizar a equipe do piloto Beto Giorgi na Stock Car.
TURISMO SOBRE RODAS
George Butterfield, fundador
da empresa canadense Butterfield & Robinson, pioneira no
conceito de viajar de bicicleta e
a pé pela Europa, vem ao Brasil
em maio para reforçar o contato com os clientes. O Brasil é o
único país fora do Canadá a ter
um escritório da empresa, comandado pela empresária
Márcia Lucas, que conheceu a
Butterfield como usuária. Márcia explica que os passeios de
bicicleta "permitem aos clientes conhecerem de perto a cultura local". Para facilitar o contato com esses locais, a empresa prioriza roteiros por cidades
pequenas. No ano passado, a
empresa embarcou mais de 200
clientes brasileiros e faturou
cerca de US$ 900 mil.
OLHO NO FUTURO
Os ministros Marcio Thomaz
Bastos (Justiça) e Nelson Jobim
(STF) participarão, no dia 18,
em SP, do lançamento do plano
de previdência da Associação
dos Advogados de São Paulo,
em parceria com o HSBC.
guilherme.barros@uol.com.br
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