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BNDES pode ser caminho à globalização
DA SUCURSAL DO RIO
O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) é visto por Cláudio Frischtak, ex-economista do Banco
Mundial, atualmente consultor
da empresa Worldinvest, como
"o foco natural" para estruturar
um programa de financiamento
para apoio à internacionalização
das empresas brasileiras.
No começo do ano passado, o
banco estatal chegou a anunciar
que estava estudando financiar
investimentos de empresas brasileiras na Argentina, mas ainda
não foram anunciados frutos efetivos dessa intenção.
Para Frischtak, o BNDES teria
nesse esforço de expansão, mais
que o papel de financiador, a função de "catalisador".
O banco estatal faria o trabalho
de trazer "grandes bancos de investimento para co-financiar as
aquisições", contribuindo para
"elevar o perfil e expandir a atuação das empresas nacionais", enquanto se consolidam as condições econômicas para que as empresas possam recorrer livremente a fontes privadas e autônomas
de financiamento.
Financiamentos
Nos últimos cinco anos (1996/
2000), o BNDES aprovou financiamentos totais de R$ 6,15 bilhões para cinco das seis empresas
citadas no trabalho de Frischtak
como candidatas à internacionalização. A Embraer, principal beneficiária, com um total de R$
3,98 bilhões, já atingiu, de acordo
com o economista, a dimensão de
um participante do mercado global, na área de aviões para rotas
regionais.
No caso da indústria aeronáutica, Frischtak entende que a aquisição de empresas no exterior não
é, necessariamente, condição para a empresa se globalizar.
As outras empresas financiadas
foram: Gerdau (R$ 674,99 milhões); Sadia (R$ 302,21 milhões);
Vale do Rio Doce (R$ 944,93 milhões); e Weg (R$ 244,93 milhões). Segundo o BNDES, esses
valores envolvem empréstimos a
todas as empresas dos respectivos
grupos.
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