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Cotidiano

Prefeitura vai manter bico noturno de policiais

Gest�o Haddad havia anunciado desistir do uso de PMs em folga

Parceria com o governo estadual prev� que PMs recebam dinheiro extra do munic�pio para patrulhar periferias

GIBA BERGAMIM JR. DE S�O PAULO

Quatro dias ap�s a secret�ria de Planejamento, Leda Paulani, dizer que o bico oficial de policiais militares � noite n�o seria mantido, a Prefeitura de S�o Paulo voltou atr�s e disse que vai levar o programa adiante.

Na chamada Opera��o Delegada, PMs em hor�rio de folga recebem dinheiro extra do munic�pio para fazer policiamento em algumas �reas.

A medida, por�m, vem se esvaziando na gest�o do prefeito Fernando Haddad (PT) por conta da baixa ades�o dos policiais. De 3.037 PMs que atuavam na opera��o em janeiro, sobraram s� 1.845 -- 40% menos.

A debandada ocorreu porque muitos policiais n�o concordaram com a decis�o do prefeito de passar 1.300 das 3.374 vagas s� para o trabalho noturno --a fim de combater bailes funk e vigiar pr�dios p�blicos fora do centro.

Dessas 1.300 vagas, apenas 176 foram ocupadas.

Ontem, Haddad recebeu o secret�rio estadual da Seguran�a P�blica, Fernando Grella, e reiterou o conv�nio firmado em abril passado.

Diante do desinteresse de policiais, Grella iniciar� uma campanha para que PMs de fora da cidade se inscrevam no programa.

O bico oficial foi uma bandeira pol�tica do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), mas com foco espec�fico no combate aos camel�s.

Haddad decidiu manter a parceria com o governo estadual, mas passou a exigir presta��es de contas detalhadas e optou por passar parte do efetivo para a noite.

Nos primeiros meses de mandato, policiais reclamaram de atrasos nos pagamentos. Segundo a prefeitura, foi um problema pontual por conta da n�o presta��o de contas dos comandantes e os pagamentos foram feitos.

Em julho, a opera��o custou cerca de R$ 7 milh�es � prefeitura.

QUEIXAS

Policiais afirmam que o trabalho diurno no centro era mais seguro que os bicos em estabelecimentos comerciais --que, al�m de ilegais, exp�em os PMs aos criminosos.

Neste ano, com a incumb�ncia oficial de atuar na folga tamb�m na periferia, muitas vezes longe de sua �rea de atua��o, policiais deixaram de se interessar pelo acordo.

Para os PMs, o risco � muito mais alto e n�o compensa o desgaste na folga.

"A [opera��o] delegada, do jeito que est�, vai acabar. Hoje s�o cerca de 1.800 policiais, sendo que j� foram 4.600", afirma o vereador Coronel Camilo (PSD), que deu in�cio � parceria com Kassab quando era comandante-geral da PM.

Para o parlamentar, a capital est� na contram�o de pelo menos 20 munic�pios, que aderiram ao programa.

Segundo ele, a medida do secret�rio de permitir que policiais militares de outros munic�pios atuem na capital j� valia na gest�o passada.

Por�m, na administra��o atual a decis�o foi de priorizar os PMs da cidade, o que n�o deu certo, segundo ele.

Camilo disse que o n�mero de PMs caiu tamb�m na regi�o central. "O PM que cuidava de um quarteir�o agora cuida de quatro."


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