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Bactéria de doença rara é identificada no ES /B>
FERNANDA KRAKOVICS
DA AGÊNCIA FOLHA
Técnicos do Ministério da Saúde identificaram a bactéria Rickettsia rickettsii, causadora da febre maculosa, doença rara transmitida por carrapatos, em um
morador da fazenda Barra do Caboclo, em Pancas (190 km de Vitória), Espírito Santo.
Na fazenda foram registradas
quatro mortes e sete internações
em hospitais com sintomas de febre maculosa desde julho. Análises feitas, na época, no Instituto
Adolfo Lutz, em São Paulo, não
identificaram a doença.
O Ministério da Saúde enviou
uma equipe para o local, que fez
testes em 50 pessoas. Em uma delas, foi isolada a bactéria.
Apesar de as coletas feitas nos
doentes não terem acusado febre
maculosa nem outro tipo de
doença, a coordenadora de epidemiologia da Secretaria Estadual
da Saúde, Teresa Cristina Cardoso, disse que o aparecimento da
bactéria indica que, provavelmente, a causa das mortes e internações foi febre maculosa e que
existem carrapatos infectados na
região.
"Outro forte indício é que o tratamento dos doentes que se recuperaram foi feito com antibiótico
indicado para o tratamento dessa
doença."
Para ela, o motivo para o não-aparecimento da bactéria nas
análises feitas nos doentes pode
ser a distância da fazenda Barra
do Caboclo e o transporte das
amostras.
"A causa pode ser a qualidade
do transporte e a armazenagem
das coletas, pois a fazenda onde
foram registrados os casos é longe, e às vezes a bactéria morre no
caminho."
Segundo Teresa, também há dificuldade de identificação por
causa do ciclo da doença. "O teste
só dá positivo se estiver na segunda ou terceira semana de incubação da doença", explicou.
As investigações da equipe do
Ministério da Saúde ainda não foram concluídas.
Os principais sintomas da febre
maculosa são febre alta, manchas
vermelhas pelo corpo, dor de cabeça, vômito e dor no corpo. O
tratamento da doença é feito com
antibiótico.
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