ESPECIAL PARA A FOLHA

Troca de dicas entre pacientes, vacinas para enfrentar as infecções respiratórias do inverno e internações hospitalares fazem parte da rotina dos asmáticos.
Fabrício Gomes Carvalho, 8, tem asma desde os cinco anos. Neste ano ele já tomou vacinas para gripe, pneumococo e hemófilos. Assim, ele está protegido contra alguns tipos de infecção no ouvido, sinusite e pneumonia.
Sua mãe, Rosana, 40, tomou outras providências. Trocou os cobertores por edredons. Aboliu os bichos de pelúcia. Retirou cortina, tapete e carpete de toda a casa. E, para o inverno, está programando passeios ao ar livre, para evitar as aglomerações. "Eu ensino essas dicas que aprendo no hospital para outras mães que têm filhos com asma", afirma Rosana.
Apesar da pouca idade, o próprio Fabrício já assimilou alguns truques para amenizar a sua doença. Ele também ajuda os amigos com asma. "Uma vez, na igreja, ensinei exercícios respiratórios que aprendi na fisioterapia para uma amiga que estava começando a ter uma crise."
O porteiro aposentado Acelino Felipe de Souza, 57, enfrentou crises severas no último inverno.
Em uma dessas ocasiões, ele precisou ser internado na UTI do Hospital das Clínicas. "Depois dessa internação, comecei a levar o tratamento muito mais a sério", afirma Acelino.
Ele usa dez remédios diferentes para controlar os sintomas e combater alguns efeitos colaterais das medicações para asma. Mas comemora o controle da doença.
"Antes eu tinha crises diárias e vivia no pronto-socorro. Não subia escadas sem sentir falta de ar. Agora eu faço caminhadas de até 2 km em terreno plano sem dificuldade", diz Acelino. (ABJ)


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