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OUTRO LADO
Agente nega ter ido ao Paraguai e crê em vingança do traficante
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
O agente federal Celso Figueiró,
da Superintendência da PF (Polícia Federal) em Minas Gerais, negou que tenha ido ao Paraguai
matar Luiz Fernando da Costa, o
Fernandinho Beira-Mar.
De acordo com Figueiró, ouvido semana passada pela Folha, o
traficante mentiu no depoimento
à CPI do Narcotráfico.
"Como iria para outro país?
Vou botar a carreira em risco por
causa de um Beira-Mar?", perguntou o agente da entorpecentes. Responsável pela prisão do
traficante em 1996, Figueiró acha
que Beira-Mar quer vingança.
O diretor da Divisão de Entorpecentes do DPF (Departamento
de Polícia Federal), delegado Getúlio Bezerra, disse que os policiais paraguaios foram responsáveis pelas supostas agressões em
Pedro Juan Caballero nos parentes de Fernandinho Beira-Mar.
Segundo Bezerra, a Divisão de
Entorpecentes não investigou as
acusações dirigidas à PF pelo traficante em depoimento à CPI.
"Isso não tem que ser apurado.
A diligência foi feita pela polícia
do Paraguai. Não tem PF (brasileira) no Paraguai trabalhando",
afirmou Bezerra à Folha.
Ele também disse que as acusações a Figueiró não passam de
vingança. "Figueiró prendeu ele
duas vezes, vai prender a terceira,
a quarta e a quinta. É um policial
correto", disse o delegado.
Após ter sido preso pela equipe
de Figueiró, Beira-Mar fugiu da
cadeia e não foi mais localizado.
Para a deputada Laura Carneiro
(PFL-RJ), sub-relatora da CPI, são
mentirosas as acusações contra
Figueiró.
"Beira-Mar não fala bem de ninguém que o investiga. Figueiró foi
o primeiro que o prendeu em Minas. Ele tem ódio dele por causa
disso", afirmou a deputada.
(ST)
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