São Paulo, domingo, 28 de maio de 2000


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OUTRO LADO

Agente nega ter ido ao Paraguai e crê em vingança do traficante


DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

O agente federal Celso Figueiró, da Superintendência da PF (Polícia Federal) em Minas Gerais, negou que tenha ido ao Paraguai matar Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.
De acordo com Figueiró, ouvido semana passada pela Folha, o traficante mentiu no depoimento à CPI do Narcotráfico.
"Como iria para outro país? Vou botar a carreira em risco por causa de um Beira-Mar?", perguntou o agente da entorpecentes. Responsável pela prisão do traficante em 1996, Figueiró acha que Beira-Mar quer vingança.
O diretor da Divisão de Entorpecentes do DPF (Departamento de Polícia Federal), delegado Getúlio Bezerra, disse que os policiais paraguaios foram responsáveis pelas supostas agressões em Pedro Juan Caballero nos parentes de Fernandinho Beira-Mar.
Segundo Bezerra, a Divisão de Entorpecentes não investigou as acusações dirigidas à PF pelo traficante em depoimento à CPI.
"Isso não tem que ser apurado. A diligência foi feita pela polícia do Paraguai. Não tem PF (brasileira) no Paraguai trabalhando", afirmou Bezerra à Folha.
Ele também disse que as acusações a Figueiró não passam de vingança. "Figueiró prendeu ele duas vezes, vai prender a terceira, a quarta e a quinta. É um policial correto", disse o delegado.
Após ter sido preso pela equipe de Figueiró, Beira-Mar fugiu da cadeia e não foi mais localizado.
Para a deputada Laura Carneiro (PFL-RJ), sub-relatora da CPI, são mentirosas as acusações contra Figueiró.
"Beira-Mar não fala bem de ninguém que o investiga. Figueiró foi o primeiro que o prendeu em Minas. Ele tem ódio dele por causa disso", afirmou a deputada. (ST)




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