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Terras pertencem à Marinha
do enviado especial
a Santarém (PA)
As várzeas representam de 2% a
3% da bacia do rio Amazonas e
concentram seus solos mais férteis - se é que se pode chamar de
solo terras que ficam inundadas
vários meses por ano. Para dificultar a vida do ribeirinho, elas
não lhes pertencem, mas à Marinha. Não existe usucapião em
várzea.
O terreno é muito bom porque
as enchentes depositam nele sedimentos ricos em nutrientes. Por
isso só existem várzeas ao longo
dos rios de água "branca", como
o próprio Amazonas, resultante
da erosão de áreas tão distantes
quanto os Andes.
Tanta fertilidade e insegurança
fundiária tornam a região propícia não apenas para a agropecuária como também para conflitos.
Segundo Socorro Pena, 36, do
Projeto Várzea, já existe em Santarém estudo-piloto para a criação de um estatuto de propriedade especial.
O Grupo Renascer encara o
projeto de reflorestamento, que
deve alcançar 11 hectares este
ano, também como uma maneira
de garantir sua posse. Os pescadores de Aracampina concentram por isso seus esforços na
ilha de mesmo nome, do outro lado do rio Amazonas, que já foi
objeto de disputa.
Existem também problemas na
ilha de Ituqui, onde fica a vila.
Apenas quatro proprietários detêm 70% das terras. O restante é
dividido por 400 famílias.
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