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Frota é vendida
como sucata
da Agência Folha, em Santos
Após 59 anos de funcionamento
(de 1912 a 1971), a frota de bondes
de Santos teve a maior parte de
seus veículos destruída a machadadas e vendida como sucata pelo
extinto SMTC (Serviço Municipal
de Transportes Coletivos).
O relato consta do livro "Transporte Coletivo em Santos - História e Regeneração", do historiador Ricardo Evaristo dos Santos e
do jornalista Paulo Matos.
Santos chegou a ter, em 1917,
proporcionalmente, a maior extensão de linhas de bonde por habitantes na América do Sul -um
quilômetro de linha para cada
1.350 habitantes.
A extinção dos bondes começou a ser cogitada pela prefeitura
em 1964, quando as linhas que ligavam Santos à cidade vizinha de
São Vicente foram desativadas a
pedido do então prefeito vicentino, Charles de Souza Dantas Forbes. Ele argumentava que os bondes atrapalhavam a urbanização
da praia do Itararé. A retirada definitiva, em 1971, teve como justificativa o déficit do SMTC.
Segundo o então presidente da
autarquia, Aldévio de Lemos, "o
déficit provinha do sistema de
bondes, que absorvia o superávit
dos outros sistemas (ônibus e trólebus). Cheguei à conclusão de
que, ou o SMTC acabava com os
bondes, ou os bondes acabavam
com o SMTC".
(FS)
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