São Paulo, Domingo, 21 de Novembro de 1999
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Frota é vendida como sucata

da Agência Folha, em Santos

Após 59 anos de funcionamento (de 1912 a 1971), a frota de bondes de Santos teve a maior parte de seus veículos destruída a machadadas e vendida como sucata pelo extinto SMTC (Serviço Municipal de Transportes Coletivos).
O relato consta do livro "Transporte Coletivo em Santos - História e Regeneração", do historiador Ricardo Evaristo dos Santos e do jornalista Paulo Matos.
Santos chegou a ter, em 1917, proporcionalmente, a maior extensão de linhas de bonde por habitantes na América do Sul -um quilômetro de linha para cada 1.350 habitantes.
A extinção dos bondes começou a ser cogitada pela prefeitura em 1964, quando as linhas que ligavam Santos à cidade vizinha de São Vicente foram desativadas a pedido do então prefeito vicentino, Charles de Souza Dantas Forbes. Ele argumentava que os bondes atrapalhavam a urbanização da praia do Itararé. A retirada definitiva, em 1971, teve como justificativa o déficit do SMTC.
Segundo o então presidente da autarquia, Aldévio de Lemos, "o déficit provinha do sistema de bondes, que absorvia o superávit dos outros sistemas (ônibus e trólebus). Cheguei à conclusão de que, ou o SMTC acabava com os bondes, ou os bondes acabavam com o SMTC". (FS)


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