São Paulo, sábado, 21 de maio de 2005

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Pode ser "infeliz coincidência", diz prefeitura

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO

O subsecretário municipal de Saúde, Mauro Marzochi, visitou ontem o Instituto da Mulher Fernando Magalhães e negou a existência de surto epidêmico no local. Disse que, sempre que há problemas no sistema de saúde, eles aparecem primeiro naquela maternidade, por ela tratar gestações de alto risco. Marzochi acrescentou que as 15 mortes nos primeiros 20 dias de maio podem ter sido uma "infeliz coincidência", um "aumento de casos graves".
"Esse caso ainda tem de ser estudado, mas é natural que crianças desse tipo, nascidas prematuras ou com outros problemas, tenham a imunidade mais baixa e fiquem mais propensas a infecções", afirmou o funcionário da gestão Cesar Maia (PFL).
Ainda assim, Marzochi enfatizou que há uma deficiência no sistema de saúde estadual: "Trata-se de um problema de carência de leitos no Estado do Rio de Janeiro. Só na Baixada Fluminense faltam 200 leitos. Assim, 60% dos casos vêm para cá", disse sobre as grávidas atendidas no município.
Marzochi definiu o instituto como "maternidade-sentinela", "de referência nacional para a gravidez de alto risco".
Ele afirmou que o fechamento de hospitais estaduais, como o hospital da Uerj (Universidade Estadual do Rio), que tinha um centro para gravidez de alto risco, piorou a situação do Instituto Fernando Magalhães. Mas declarou que a secretaria está trabalhando para aumentar a capacidade de leitos em outras unidades.
"A maternidade Mariana Crioula será inaugurada ainda neste ano, com 20 leitos", disse.
As obras da Mariana Crioula, na Barra (zona oeste), haviam sido suspensas em 2004 por falta de verbas. No fim de abril, a prefeitura prometeu que a maternidade estaria pronta até janeiro. (CE)


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