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Pode ser "infeliz coincidência", diz prefeitura
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO
O subsecretário municipal de
Saúde, Mauro Marzochi, visitou
ontem o Instituto da Mulher Fernando Magalhães e negou a existência de surto epidêmico no local. Disse que, sempre que há problemas no sistema de saúde, eles
aparecem primeiro naquela maternidade, por ela tratar gestações
de alto risco. Marzochi acrescentou que as 15 mortes nos primeiros 20 dias de maio podem ter sido uma "infeliz coincidência",
um "aumento de casos graves".
"Esse caso ainda tem de ser estudado, mas é natural que crianças desse tipo, nascidas prematuras ou com outros problemas, tenham a imunidade mais baixa e
fiquem mais propensas a infecções", afirmou o funcionário da
gestão Cesar Maia (PFL).
Ainda assim, Marzochi enfatizou que há uma deficiência no sistema de saúde estadual: "Trata-se
de um problema de carência de
leitos no Estado do Rio de Janeiro.
Só na Baixada Fluminense faltam
200 leitos. Assim, 60% dos casos
vêm para cá", disse sobre as grávidas atendidas no município.
Marzochi definiu o instituto como "maternidade-sentinela", "de
referência nacional para a gravidez de alto risco".
Ele afirmou que o fechamento
de hospitais estaduais, como o
hospital da Uerj (Universidade
Estadual do Rio), que tinha um
centro para gravidez de alto risco,
piorou a situação do Instituto Fernando Magalhães. Mas declarou
que a secretaria está trabalhando
para aumentar a capacidade de
leitos em outras unidades.
"A maternidade Mariana
Crioula será inaugurada ainda
neste ano, com 20 leitos", disse.
As obras da Mariana Crioula, na
Barra (zona oeste), haviam sido
suspensas em 2004 por falta de
verbas. No fim de abril, a prefeitura prometeu que a maternidade
estaria pronta até janeiro.
(CE)
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