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Médicos se dizem favoráveis à medida
DA REPORTAGEM LOCAL
Médicos ouvidos pela Folha declararam ser favoráveis ao fracionamento de remédios no país. No
entanto enfatizam que será preciso uma intensa fiscalização da
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para evitar
fraudes no processo e o manuseio
inadequado dos medicamentos.
Na opinião de José Erivalder de
Oliveira, secretário-geral da Federação Nacional dos Médicos, a
medida facilita a prescrição do
médico e beneficia o paciente, que
não precisará comprar medicamento além da quantidade recomendada.
Outra possibilidade levantada
pelos médicos é que, com menos
remédio em casa, é provável que
ocorra uma diminuição nos casos
de auto-medicação e de intoxicações em crianças, avalia Guimarães. "Mas isso só vai funcionar se
a Anvisa fiscalizar [a venda de remédios fracionados]."
Exigências para médicos
Para a advogada Lumena Sampaio, do Idec (Instituto Brasileiro
de Defesa do Consumidor), algumas das exigências para a venda
do medicamento fracionado
-como a legibilidade, a ausência
de rasuras e o endereço completo
do médico que forneceu a receita- deverão ser cumpridas pelos
médicos.
"Se a receita não preencher esses requisitos, o consumidor não
poderá comprar o remédio", afirma a advogada.
(CLÁUDIA COLLUCCI)
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