São Paulo, Segunda-feira, 20 de Dezembro de 1999


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ON LINE
Segundo o juiz Lugon, novo sistema fará o Estado economizar tempo e dinheiro
ES estréia interrogatório virtual

EDUARDO DE OLIVEIRA
da Agência Folha

A Justiça do Espírito Santo promove na manhã de hoje sua primeira experiência de interrogatório à distância (on line). A iniciativa, que já foi usada pela Justiça de Campinas (SP) em 1996, é do juiz da 1� Vara Criminal de Vila Velha (região metropolitana de Vitória), Tasso de Castro Lugon.
Serão dois processos. No primeiro caso, Bruno Luiz Madeira e Fábio Diogo Lopes serão ouvidos por acusação de assalto, na semana retrasada, a um posto de gasolina em Vila Velha. Madeira, que já fora condenado por assalto ao mesmo posto, cumpria pena em regime semi-aberto.
No outro processo, o juiz vai interrogar Robson Martins da Silva, acusado de tráfico de drogas. Seu interrogatório estava marcado para quinta-feira passada, mas, por falta de escolta para levá-lo do presídio de Viana a Vila Velha, ele não foi ouvido.
Os detentos serão ouvidos de uma sala na Casa de Custódia de Viana. O juiz estará no fórum de Vila Velha. A distância entre os dois municípios é de aproximadamente 40 quilômetros.

O sistema
As imagens -do juiz e dos acusados- serão geradas por duas câmeras de videoconferência, conectadas por linha telefônica.
Dois aparelhos viva-voz farão a recepção do áudio e o enviará às câmeras, que modularão as imagens e os sons para duas TVs.
Dois telões conectados ao equipamento transmitirão o interrogatório para uma platéia na sala do tribunal do júri.
Na opinião do juiz Lugon, a experiência permitirá a futura implantação de um sistema que poderá representar economia de tempo e de dinheiro para o Estado.
"Pelo sistema on line, os presos poderão ser ouvidos mais rapidamente. Isso vai desatravancar processos que poderiam ser concluídos facilmente", afirmou.
"Desta forma, estaremos economizando o dinheiro do Estado com processos que se arrastam e com o traslado de presos. Outra coisa: o pessoal e a estrutura empregados no transporte dos detentos poderão ser utilizados de outra maneira, nas ruas, por exemplo."


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