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Estado quer pressão sobre a prefeitura
da Reportagem Local
Coordenador do PAC (Plano de
Atuação de Cortiços) e vice-presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Lázaro Piunti acusa
os movimentos de sem-teto de
não cobrarem da prefeitura ações
para minimizar o problema da
falta de moradia na cidade.
Para Piunti, a prefeitura não colabora com o PAC nem desenvolve outro projeto na área, mas,
mesmo assim, os sem-teto só exigem ações do Estado. "Eles não
cobram do município. Nós abrimos o diálogo e apanhamos", diz.
Piunti critica também as invasões de prédios que estão sendo
desapropriados. "Eles (os movimentos) querem fazer reserva de
vagas, o que desvirtua o PAC."
Segundo Piunti, somente em
imóveis já desapropriados ou em
vias de desapropriação para o
PAC estão alojadas 3.709 pessoas.
"São soluções pontuais e muito
pouco para 600 mil pessoas vivendo em submoradias", reconhece
Piunti, que considera a reivindicação do movimento legítima.
"Mas eles estão parcialmente
com a razão. Por que não gritam
contra a prefeitura, que deveria
estar comprometida com o PAC
ou ter outro projeto na área?", diz.
A prefeitura teve planos para a
área durante a gestão de Lair Krahenbuhl na Secretaria da Habitação, mas não foram iniciadas
obras. A assessoria da secretaria,
entretanto, não respondeu à Folha se há previsão de gastos para o
setor no próximo ano.
Mas mesmo o Estado não gastou a verba prevista para o seu
programa. No início do ano, o
PAC recebeu R$ 26 milhões. Só
R$ 4,5 milhões foram gastos no
programa. Outros R$ 13 milhões
foram remanejados para outros
projetos da CDHU.
Apesar de ter gasto menos de
20% da verba do PAC, Piunti diz
que o projeto "está indo" e que
quer gastar os R$ 8,5 milhões de
saldo em novas desapropriações.
Ele diz que propôs ao governo a
compra de 115 imóveis.
(MO)
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