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ANA MARIA DA COSTA E FARIA (1938-2008)
Porque "os funcionários não esquecem"
Cáceres (MT) parou na última quarta "por respeito e
consideração" à morte da ex-prefeita nomeada em 1983,
Nana Faria. Um luto de três
dias foi decretado pelo prefeito, que antecipou para as
15h o fim do expediente na
prefeitura -o que permitiu a
todo funcionário "participar
do último adeus".
Nana "tinha uma aceitação
quase total" entre a gente da
prefeitura, diz o irmão, pois
seu governo, apesar de curto,
fora "mais agilizado" que
qualquer outro. "E os funcionários não esquecem."
Elétrica, brincalhona, séria quando deveria, Ana Maria da Costa e Faria aprendera política em casa. O pai "era
daqueles políticos influentes, mas sem cargo", homem
"de fazer campanha e correr
atrás" para a UDN local. Nana foi vereadora e nomeada
prefeita pelo governador Julio Campos, "amigo de longa
data". Governou entre 1983 e
1985. Hoje, era filiada ao PR.
Tinha somente o segundo
grau. "Mas o estudo não fez
falta" à mulher desprendida,
nascida e crescida em Cárceres, que começou como auxiliar de contabilidade; depois,
foi comerciante e abriu então sua padaria. "Pra Nana
não tinha sábado, domingo
ou feriado", diz o irmão. Chegou a vice-presidente da
Junta Comercial do Estado.
"Católica desde mocinha",
envolveu-se com a Congregação das Irmãs Azuis. Administrou o hospital da ordem e ajudou a fundar outro.
Mas era a sua saúde que não
ia bem. Morreu na terça passada, aos 70, por complicações de uma meningite.
Na quarta, funcionários da
prefeitura, irmãs azuis e "políticos de modo geral" prestigiaram o seu enterro.
obituario@folhasp.com.br
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