São Paulo, segunda-feira, 16 de dezembro de 2002

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OUTRO LADO

Arselino nega influência na administração

DA REPORTAGEM LOCAL

"Não tenho nenhum cargo. Não indiquei ninguém." Assim reagiu o vereador petista Arselino Tatto ao ser indagado sobre a influência de sua família na administração municipal.
Para Arselino, Tadeu José Aparecido Pinheiro Dias Pais foi nomeado para a Subprefeitura da Capela do Socorro por méritos próprios. Sobre a indicação de Glauco José Pereira Aires para a Subprefeitura do Campo Limpo, diz que não o conhecia e que sua atuação no Psiu o capacitou para a função.
O ex-chefe de gabinete da Subprefeitura da Vila Maria Valdir Nunes "trabalhava em função burocrática na direção estadual do PT". Arselino disse que não conhecia Nunes antes de ele assumir o cargo.
Arselino confirmou que Antonio Carlos Rea foi assessor de Jilmar Tatto na Secretaria Municipal do Abastecimento (Semab), mas observou que Rea "é militante desde os anos 80".
Sobre Osvaldir Barbosa de Freitas, a explicação é a mesma: Freitas foi candidato a deputado estadual em 1994 pelo partido e é militante. Armelindo Passoni também é apontado como petista histórico. Foi vereador e é marido da ex-deputada Irma Passoni.
Inalda Ferreira da Silva, coordenadora de sacolões, e Jair Batista de Santana, coordenador de feiras, foram funcionários de Jilmar Tatto na Assembléia. "É natural que ele trouxesse pessoas de sua confiança."
Arselino foi irônico ao falar sobre a eventual influência da família na indicação dos administradores dos cemitérios. "Os cemitérios pertencem aos mortos; não tenho influência."
O vereador disse que não se lembrava do episódio de 1999, na disputa para a presidência do diretório municipal, quando a comissão de ética foi acionada por causa de denúncias de cadastramento irregular que teriam sido feitas pelo diretório zonal da Capela do Socorro.
Para o vereador, a indicação de seu irmão para o cargo de secretário dos Transportes aconteceu porque "ele se destacou nas funções que ocupou, é uma pessoa de diálogo e um articulador". De acordo com Arselino, "é natural que, quando alguém desempenha uma função com competência, seja lembrado para outras pastas".
Ele disse não acreditar que a indicação do irmão para a secretaria tenha influenciado na disputa pela presidência da Câmara. "Não tem nada a ver uma coisa com a outra." Arselino disse que ficou sabendo que o irmão assumiria a pasta de Transportes "na segunda-feira, ao meio-dia, pela TV".
Sobre a aspiração da família em ter Jilmar como vice na chapa de Marta Suplicy à reeleição, ele desconversa. "Quem vai decidir é o partido; não vejo motivo para que a dupla [Marta e Hélio Bicudo" que comanda a prefeitura seja substituída."
Jilmar Tatto informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não se pronunciaria sobre o assunto. (CG)


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