|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Grafiteiro pede investimento em educação
da Reportagem Local
O grafiteiro Oswaldo Júnior, o
Juneca, 29, afirma que a prefeitura
perderá a queda-de-braço com os
pichadores se não investir em
ações educativas. Juneca, que é
ex-pichador, calcula que a verba
gasta na limpeza do largo e da estátua, estimada em R$ 4,6 mil, seria suficiente para "educar" pelo
menos 150 pichadores.
Os grupos de pichadores se reúnem quase todas as noites em terminais de ônibus e no largo da
Memória, na região central, para
lotear as áreas do território paulistano onde cada "grife" vai estampar a sua insígnia.
As gangues são organizadas e
tratam a pichação como um esporte radical. Elas têm modalidades de ação, disputam os ataques
mais ousados e rebeldes e adotam
um arsenal de gírias próprias.
As reuniões, que acontecem regularmente nos "points" para divisão do território a ser pichado,
funcionam como uma demonstração de "irmandade" entre os
grupos. Elas unificam o maior objetivo das grifes: marcar a identidade de cada grupo, a partir de
uma "mídia" própria.
Depois de combinar os territórios em suas reuniões, as gangues
de cada zona se dividem em grupos de dois a quatro integrantes e
saem para o "rolê" na cidade. No
encontro seguinte, os grupos discutem qual a grife se destacou
mais na noite anterior.
Texto Anterior: Vandalismo: Estátua volta a ser pichada horas após limpeza Próximo Texto: Rapaz sobe em torre da Eletropaulo Índice
|