São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2000


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Grafiteiro pede investimento em educação

da Reportagem Local

O grafiteiro Oswaldo Júnior, o Juneca, 29, afirma que a prefeitura perderá a queda-de-braço com os pichadores se não investir em ações educativas. Juneca, que é ex-pichador, calcula que a verba gasta na limpeza do largo e da estátua, estimada em R$ 4,6 mil, seria suficiente para "educar" pelo menos 150 pichadores.
Os grupos de pichadores se reúnem quase todas as noites em terminais de ônibus e no largo da Memória, na região central, para lotear as áreas do território paulistano onde cada "grife" vai estampar a sua insígnia.
As gangues são organizadas e tratam a pichação como um esporte radical. Elas têm modalidades de ação, disputam os ataques mais ousados e rebeldes e adotam um arsenal de gírias próprias.
As reuniões, que acontecem regularmente nos "points" para divisão do território a ser pichado, funcionam como uma demonstração de "irmandade" entre os grupos. Elas unificam o maior objetivo das grifes: marcar a identidade de cada grupo, a partir de uma "mídia" própria.
Depois de combinar os territórios em suas reuniões, as gangues de cada zona se dividem em grupos de dois a quatro integrantes e saem para o "rolê" na cidade. No encontro seguinte, os grupos discutem qual a grife se destacou mais na noite anterior.


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