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FRAUDE
Polícia de Curitiba (PR) investiga existência de quadrilha
Atestado de óbito falso leva a afastamento de diretor de IML
da Agência Folha, em Curitiba
O médico Francisco Moraes Silva foi afastado anteontem do cargo de diretor-geral do Instituto
Médico Legal (IML) de Curitiba
(PR) por causa de supostas irregularidades na emissão de atestados de óbito.
Ele é suspeito de participar de
um esquema que fraudava laudos
para ficar com o dinheiro do seguro obrigatório, pago em caso de
mortes no trânsito.
Uma das provas do crime envolve o andarilho Paulo Prussak.
Documento emitido pelo IML informa que o mendigo morreu
atropelado em agosto de 1998 na
BR-116, na região metropolitana
da capital paranaense.
Prussak foi encontrado nesta
semana. "Fiquei um ano fora de
casa porque briguei com meus
parentes. Estou com saúde e não
quero morrer tão cedo", afirmou.
O valor do seguro obrigatório
de R$ 5.080,00 foi sacado por integrantes da quadrilha, que usou o
falso atestado de óbito do andarilho para ter acesso ao dinheiro.
Após a divulgação do caso, o secretário de Segurança Pública do
Paraná, Cândido Martins de Oliveira, decidiu pela demissão do
diretor do Instituto Médico Legal.
"Ninguém está fazendo um julgamento, mas, quando aparece
um homem vivo com o próprio
atestado de óbito nas mãos, a polícia tem de investigar a fundo",
afirmou o secretário.
A Agência Folha não conseguiu
encontrar ontem o médico Silva.
O delegado Leonil Ribeiro foi
indicado para assumir o IML. O
delegado-geral da Polícia Civil,
Ricardo Kepes de Noronha, vai
supervisionar inquérito policial
instaurado para descobrir os envolvidos no esquema.
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