da Reportagem Local

O auxiliar de escritório Renato Zerbinato, 23, reconheceu ontem, por meio de fotografias, os skinheads Jorge da Conceição Soler, 19, e Marcelo Pereira Martins, 19, como integrantes do grupo que espancou o punk Antônio Pádua, em setembro de 1998, em Santo André (Grande São Paulo).
Soler e Martins estão entre os 18 presos acusados de terem espancado e matado o adestrador de cães Edson Neris da Silva.
Zerbinato, que também é punk, disse que estava com Pádua e um outro amigo quando foram perseguidos por mais de 20 skinheads. "Saímos correndo. Olhei para trás, vi que ele estava apanhando e voltei para ajudá-lo."
Segundo Zerbinato, a agressão a Pádua só parou porque havia, entre os skinheads, um amigo seu de infância. "Ele me reconheceu e pediu que não me agredissem. Depois, pediu que parassem de bater no Pádua."
Com esse depoimento, sobe para sete o número de skinheads presos e reconhecidos por terem cometido outras agressões.
Além de Zerbinato, também esteve ontem na 1� Delegacia Seccional o esteticista Silvio Lorenz de Castro, 26, que confirmou o depoimento do homossexual Marcos Daniel Braga, 31, que disse ter sido espancado por skinheads em fevereiro de 1999, na praça da República. Ele não se disse capaz de identificá-los.
A partir das 17h de hoje, diversos grupos de homossexuais farão mais de cinco horas de manifestação na praça da República, em memória do adestrador de cães Edson Neris da Silva. (AI)

Texto Anterior: Para advogados, falta definir a participação de cada um
Próximo Texto: Meio ambiente: Mancha de óleo ameaça reserva ecológica
Índice